CinePigmeu: Destino

Há um tempo estive buscando curiosidades sobre a Disney, fruto do meu interesse pela última adaptação feita de A Bela e a Fera este ano. Particularmente sou encantada pelas animações antigas dos anos 50, seja pela trilha sonora ou pela forma que elas têm; lembro sempre de tardes assistindo VHS na casa de minha avó. Nós duas adorávamos ver A Dama e o Vagabundo, Cinderela e Peter Pan. Fora quando a televisão ainda passava os filmes da época de minha velhinha.

Eis que fico sabendo que a Disney já teve um projeto junto à Salvador Dalí, renomado pintor surrealista espanhól que tem seu ápice na década de 30, com seu mais famoso trabalho, A Persistência da Memória (isso, aquele que tem o relógio derretido). E por que essa fusão é tão FODA? Pois a Disney, conhecida pelo romantismo presente em histórias de princesa, incorpora um artista que tem como peças chaves temas como o erotismo, a morte, o tempo e, mais que tudo, a alucinação. Recheado de simbolismos que remetem ao feérico e sonhador, os trabalhos de Dalí são sensoriais e nada óbvios ou lineares.

Em Destino essas características se mantêm presentes. De forma clássica, a Disney traz um belo musical surrealista, onde a história de uma deusa do tempo cruza com a de um mortal. Dando margem a diversas interpretações, ou tão somente ao sentir, essa obra peculiar massageia nosso inconsciente e traz em si a alma de Dalí, agora no audiovisual.

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