Feito na América (American Made)
Sempre fui fã de histórias reais, até as que parecem mais impossíveis. Esta, sem dúvida, ocupa um lugar na lista. Na primeira vez em que vi o trailer, pensei que era mais um filme de ação no estilo “Jason Bourne” (também do diretor Doug Liman), até aquela frase clássica surgir: “Baseada na incrível história real”. Apesar de parecer muito improvável que alguém consiga trabalhar para a CIA e para o Cartel de Medellín ao mesmo tempo, Feito Na América prova que um único homem, por mais clichê que soe, consegue fazer tudo isso em meio ao auge da Guerra Fria.
Durante as décadas de 70 e 80, Barry Seal (Tom Cruise) era um piloto da companhia aérea Trans World Airlines (a extinta TWA) que vivia uma vida como qualquer outro cidadão. Mas, depois de um vôo, ele recebe um convite do agente Schafer (Domhnall Gleeson) para trabalhar para a CIA contrabandeando drogas e armas. E como se não fosse o bastante, em uma de suas missões à Colômbia, conseguiu um trampo como traficante de drogas para o que viria ainda a se tornar um dos maiores cartéis de narcotráfico da história, com a ilustre presença de Pablo Escobar.
Com esses critérios, seria justo considerar Seal um agente duplo, mas isso seria uma Missão Impossível (rá!).
O jeito em que a história é contada é super interessante e Seal a narra de uma maneira que lembra o Kuzco em “A Nova Onda do Imperador”, já que ela é pausada várias vezes para o protagonista fazer algum tipo de comentário. Além disso, várias figuras importantes aparecem ou são mencionadas. Desde presidentes americanos como Ronald Reagan e Bill Clinton (à época governador) a um jovem George W. Bush. Outra coisa que chama muita atenção é como foi filmado o filme, em um estilo meio pseudo-documentário como o da série “The Office”.
Mesmo que uma parte do público nunca tenha ouvido falar em ninguém mencionado anteriormente no longa (nem do “Pablito”), o humor e a ação do filme cumprem bem seu papel de divertir. Mas quem já ouviu falar dessas pessoas, estava vivo quando tais eventos aconteceram ou aprendeu Guerra Fria na escola (valeu, Ryan! As aulas foram essenciais) vai achá-lo muito mais interessante. A diversão, assim como boa parte dos vôos, será alta e intensa.
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