Little Evil

Little Evil se dispõe a zoar a relação padrasto-enteado, o que eu acho ótimo. Vinda de uma família que nunca teve a rotina tradicional de pai-mãe-eu-irmãos-etc, o “desafio” de relacionar-se com um padrasto já me foi presente. E eu era meio pestinha, lá nos meus 8 anos quando conheci o marido da minha mãe. Achei uma boa escolha de temática pra descascar boas tiradas e formar uma comédia bacana.

Gary (Adam Scott) está nas nuvens com sua nova esposa, Samantha (Evangeline Lilly), uma MILF de respeito. Em contraste com a relação dos dois, que parece estável e perfeita, existe um real desafio: o filho de Samantha, Lucas (Owen Atlas). O menino, uma coisinha fofa de 5 anos de idade (fofo MESMO, cheio de sardinhas, gorduchinho e olhos claros), é o Anticristo. No sentido literal da palavra. E resta ao novo integrante da família tentar aproximar dele para consolidar seu relacionamento, ainda que isso pareça arriscado. Também literalmente.

Aaaaaawn!

O filme inicial com um insinuações humorísticas dignas de risadinhas. Através da inserção de personagens sem noção mas totalmente aceitos dentro daquele universo, temos a amiga sapa do padrasto, Al (Bridget Everett), na minha opinião a melhor construída neste aspecto. Sabe aquele gordão parceiro de presepada que fala de esporte, carro e sexo o filme todo? Então, essa é Al, só que melhor. Ela é uma “padrasto” (como se entitula) assim como Gary e está na terapia em grupo que discute formas de acessar os enteados. Além disso, o filme coloca um anão como uma espécie de exorcizador que se chama GOZAMEL. GOZAMEL. GOZAMEL. Eu nem vou me estender muito nessa piadinha…

Se o filme vai tacando pitadas de engraçadisse já de inicio, isso vai se perdendo do meio pra lá. Foi esse o motivo de eu ter ficado um tanto decepcionada a partir de então, já que se trata de um filme zoativo que resolve tomar outro rumo no meio do nada. Fora isso, dentro dos momentos de humor temos referências à tantos clássicos do terror. “O Iluminado”, “A Profecia”, “Poltergeist, “Colheita Maldita e “It estão dentre as minhas imediatas percepções. Achei esses easter eggs interessantes também.

Alguém não pagou a TV a cabo…

Dentro da brincadeira que é o enredo do filme, até certo ponto, a tônica da esculhambação é em cima da total isenção de responsabilidade sobre o moleque pelo fato de ele ser uma criança. “A criança NUNCA tem culpa”, é dito por algum babaca no filme. E é isso que abre brecha pra que enterrar o padrasto no quintal seja banal e toda aquela doideira de uma criança filha do sete pele. Aliás, há aqui outros elementos bem usados por filmes de exorcismo. Vamos agora ao “ALL INCLUSIVE SATAN-PACK”:

  • Pacto
  • Seita religiosa
  • Sacrifício virginal
  • Líder religioso fanático
  • Apocalípse
  • Criança-bode-expiatório

E ligando AGORA você leva tudo isso diretamente do conforto de sua casa, no mais novo filme Original Netflix de comédia-que-se-perdeu e terror-que-nunca-foi. Aproveitem!

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