Crítica: 1922

Stephen King é um dos escritores mais adaptado da história do cinema. Tivemos em 2017 6 lançamentos envolvendo filmes e séries (alguns extremamente recomendados) e, com mais 5 produções no forno para 2018, King está mais em evidência como nunca.

Aproveitando esse embalo, a Netflix lança mais uma adaptação de uma obra de terror do escritor, 1922.

No longa conhecemos a família James. Esposa e mãe dedicada, Arlette (Molly Parker) acabara de herdar de seu pai 40 acres de terra, que, ao somar à terra que já pertencia a sua família, chegaria aos 70. Uma propriedade respeitável.

No entanto, nossa amiga Arlette não gosta dessa vida bucólica do rural. Ela quer vender a propriedade (que lhe pertence), mudar-se para a cidade e com o dinheiro da venda abrir uma boutique.

Seu marido, Wilfred (Thomas Jane), é um homem rústico, fazendeiro oldschool, daqueles que não abrem a boca para falar. Obviamente que ele não quer a venda e, sim, aumentar sua área agricultável.

Eis que, meio que do nada e sem explorar outras opções, Wilfred acha que sua mulher teria mais valor a 7 palmos abaixo da terra e para colocá-la lá, também sem muita explicações, coopta seu filho de 15 anos, Henry (Dylan Schmid).

Henry, por sua vez, sem hesitar ou ponderar muito, aceita matar a sua própria mãe junto com seu pai. Isso tudo por medo de ter que se mudar para Omaha após a venda da propriedade, fazendo com que ele fique sem sua namoradinha. Dinheiro e mulher, a ruína do homem.

Uma vez o serviço pronto, começa realmente o filme. O longa consegue retratar de forma muito competente, explorando as nuances de cada personagem, como pai e filho lidam com o remorso e a culpa, resultando em histórias diferentes para ambos.

Embora 1922 tenha sido vendido como filme de terror, ele abraça muito mais o drama e o suspense, especialmente nos momentos difíceis de Wilfred já no terço final do longa, personificado pela presença maciça de ratos. Acho que não vejo tantos ratos em cena desde “A Vingança de Willard”.

Tecnicamente o longa não peca, com uma bela fotografia bucólica e personagens críveis. Destaque para a bela atuação de Thomas Jane, que realmente me vendeu a imagem de um homem ignorante que não mede esforços para conseguir o que quer.

Willard!

1922 certamente vale o seu tempo, mas não espere que o longa figure entre as melhores adaptações de King. Aproveite seu final de semana, abra um vinho/beba uma cerva (caso você seja menor de idade, beba um refri), ligue o ar-condicionado, porque já anda calor pra caralho, e tire proveito dessa máquina de produções originais que é a Netflix.

Não esqueça de conferir nossas postagens sobre as produções desse ano do Stephen King!

Lista: 10 das Melhores Adaptações da Obra de Stephen King

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