Crítica: The Walking Dead – The Damned (T08E02)

Como já é a praxe aqui do MetaFictions em nossos reviews de episódios de séries, teremos spoilers do episódio e da série inteira no texto a seguir.



Antes de qualquer coisa, quero prestar um serviço de utilidade pública aos nossos leitores. O 2º episódio da temporada começa e termina sem praticamente nada significante ter ocorrido. É um famoso filler. Então, caso você esteja aqui apenas para saber o que aconteceu, pode parar de ler nesse parágrafo abaixo.

Tríplice aliança invade diversos postos avançados, troca tiros com os Salvadores, figurantes são mortos, alguns personagens medianos são baleados e fim.

Como você continua aqui, vamos aprofundar um pouquinho.

A invasão dos postos avançados se deu em 4 frentes distintas, cada uma com lideranças e métodos próprios, mas que em comum tinham apenas uma diretriz: matar todo mundo.

Rick (Andrew Lincoln) e Daryl (Norman Reedus) lideram o ataque a um posto em busca de armas que, segundo as informações de Dwight (Austin Amelio), estariam lá. No entanto, nada é descoberto além de pessoas que aparentemente vivem uma vida “pacata”, incluindo aqui o encontro com um bebê e Morales (Juan Gabriel Pareja), aquele camarada da 1ª temporada que todos achávamos que estaria morto a essa altura. Inclusive o episódio encerra com ele apontado uma arma para Rick, sem maiores explicações.

Morgan (Lennie James), Jesus (Tom Payne) e Tara (Alanna Masterson) lideram outra invasão, no melhor estilo stealth (sem fazer barulho). Foram de longe as melhores cenas, com destaque para o confronto de ideologias de Tara, que queria sentar o dedo em todo mundo, e Jesus, espalhando amor fraternal e aceitando rendições.

Morgan, inclusive, começa a pirar brabo. Escutando vozes e alucinando, enquanto entra em modo rampage, chacinando todo mundo. Ele só volta a si algum tempo depois, quando Jesus (o redentor até aqui), o acalma. Já vimos Morgan em estado parecido umas temporadas atrás e por muito pouco ele não acabou sendo morto por Rick e cia.

Carol (Melissa McBride) e Ezekiel (Khary Payton) enfrentam outro desafio, tentar capturar um vigia antes que ele passe a informação que o ataque ao posto está para acontecer. Foi exatamente aqui que o episódio anterior terminou, com a explosão de um muro que libera uma micro horda de zumbis (é zumbi e foda-se). Quem salva o dia mesmo é Shiva, tigresa de estimação de Ezekiel, que “captura” o azarado. Eu ainda o acho, DISPARADO, o melhor personagem da série desde a 7ª temporada. Carismático, justo e engraçado pra caralho.

Eis que chegamos ao ataque do grupo com Eric (Jordan Woods-Robinson) e Aaron (Ross Marquand), nosso casal abertamente gay, que consumiu boa parte do episódio. Eles chegam com aqueles carros com as placas soldadas do episódio anterior, soltando bala, em um posto consideravelmente bem protegido.

A tática era muito boa, encurralar os Salvadores, matar um ou outro, esperar para que virem ZUMBIS e ataquem seus colegas. O problema está na trocação de tiros que é enfadonha. Os grupos estão a 10 metros um do outro, atirando com armas automáticas, e as balas nem deixam buracos nos carros. Poucos são os que são acertados, incluindo Eric.

E esses Salvadores, hein? Eles, sabendo que estão na eminência de uma invasão, não colocam absolutamente nada de prontidão. No máximo tem 1 vigia, que, quando morto, ninguém parece dar falta. Não transmite a imagem daquele grupo invencível que passaram as últimas temporadas construindo.

Agora só nos resta ter muita paciência para os fillers que já começaram.

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