Garimpo Netflix: Especial Halloween!

Passei um bom tempo no catálogo da Netflix procurando por títulos que seguissem um terror mais clássico, inspirada ainda pela semana do Halloween. No entanto, confesso que foi muito difícil, visto que as ofertas tem muito daquele horror trashzão (que tem até seu mérito mas comigo não, violão) ou até por que meus colegas daqui do site, muito lúcidos, já indicaram anteriormente. Eu bati o olho em diversos títulos e tentei assistir TRÊS FILMES, depois de pesquisar suas notas e críticas, e ainda assim os abandonei depois da metade. Eu já tava bastante puta, honestamente.

Até que bem escondidinho achei essas excelentes produções e nada mais justo que compartilhar com vocês, queridos leitores, que apreciam um bom terror misturado com suspense que nem eu. Na minha opinião, e também segundo minha própria pele, o que mais funciona é isso: aquela constante ameaça de que vai dar merda, que faz você segurar a respiração e, confesso, até pausar o vídeo pra expirar o ar dos pulmões. Se é nervoso e medo que você procura, você está na indicação certa. A seguir três filmes de terror embebidos em thriller!


Ao Cair da Noite (It Comes at Night), de 2017, dirigido por Trey Edward Shults

Como já detalhadamente vimos na crítica de Mr. David aqui, a produção se trata de um dos melhores filmes desse ano de 2017. Temos uma família que vive em um casa isolada, em meio a algo como uma pandemia de uma doença misteriosa. Por conta disso, a rotina deles gira em torno da situação extremista e qualquer deslize de segurança pode resultar na vida – ou morte – de alguém. Até que uma família bate à sua porte pedindo por abrigo. O quanto de merda isso pode dar?

Devo dizer que o Joel Edgerton tá bom demais nesse filme. É desde “O Presente“, outro filme que eu amo também no estilo thriller-terror, que presto mais atenção no ator, bastante digno atuando. Além disso, o filme tem elementos extremamente intrigantes como uma realidade pós-apocalíptica, pessoal morando no meio do mato, uma família pistola e outra, no mínimo, esquisita. O filme vai escalonando na tensão e na narrativa, o que é um ponto a mais pra consolidá-lo como um thriller inteligente. 

Honeymoon, de 2014, dirigido por Leigh Janiak

Dois pombinhos recém-casados no maior estilo casal shippável possível estão indo para sua lua de mel. Bea (Rose “You know nothing, Jon Snow” Leslie) e Paul (Harry Treadaway, sim, o maluquinho de Penny Dreadful!) são muito fofinhos e estão naquela fase ainda em que tudo é resolvido com sexo de reconciliação ou piadas internas. Own! Tirando meu deboche, de fato eles são uma gracinha e os atores passam isso muito bem no filme. Tudo muito que bem, ambos chegam cheio de amor pra dar na cabana no meio de porra nenhuma (mas que tara desse pessoal de filme de terror!) prontos pra transar a todo tempo até que coisas estranhas começam a acontecer… e eu quero que você leia isso com a voz do narrador de Coragem, o Cão Covarde OU do cara da Sessão da Tarde.

Bea começa a ficar esquisita, e não é por que ela está puta e tá fazendo birra pra dizer o porquê. O cara pega a esposa perambulando a noite pelas redondezas, completamente desabitadas, e a partir disso é que começam seus comportamentos fora do normal. E agora, José? O filme segue nessa linha, e vamos descobrindo junto com Paul o que caralhos está acontecendo… e não é nada de bom. Eu sei que esse filme tem uma carinha de chinfrim, baixo orçamento e etc, mas dá uma chance. Fiquei positivamente surpresa.

Creep, de 2014, dirigido por Patrick Brice

https://www.youtube.com/watch?v=hYx5R6kbJTQ

Recentemente cheguei a conclusão de que gostaria de ser BFF de Mark Duplass, então se alguém aí tiver o networking necessário pra isso virar realidade, entre em contato. Ator e escritor de “Blue Jay“, já resenhado com bastante baba aqui, o maluco me mostra que é foda mesmo em Creep, mais uma vez escrevendo e atuando. A sinopse do filme traz uma história curiosa: um câmera que é contratado pra filmar por um dia um cara no meio das montanhas (aí ó, meio do nada de novo, porra!). No entanto, o que de início parece um trabalho qualquer vai se revelando algo… bizarro.

O cliente, Josef (Mark Duplass), é um esquisitão que faz jus ao título do filme (creep total!) e pede até pro cara filmá-lo dentro de uma banheira, peladão. Vamos acompanhando a saga do pobre cenografista e ficando pra morrer conforme a trama se desenvolve e nos pressiona por sua narrativa. Sinceramente eu não dava NADA pelo filme, nadinha. Mas pausei umas 5 vezes, e não foi pra ir ao banheiro. Também passei a vergonha (eu tava sozinha, ufa), de me afastar da tela ou tapar os olhinhos com as mãos. Fica aí o convite à essa obra independente e com meu crush-de-amizade (ou não). 

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.