Garimpo Netflix: Zona Verde, Gantz: O e O Invasor Americano
Olá, queridos amigos do MetaFictions. É com muito prazer que apresento pela 4ª vez esse quadro maravilhoso, que prova que somos cinéfilos raiz, de festival e de nicho. No entanto, faço aqui algumas ressalvas.
Eu não sou muito aquele cinéfilo rato de cinema com salas que mal cabem 30 pessoas e que exibem filmes conceituais gravados com celular no interior da Moldávia. Embora ache louvável que parte do MetaFictions seja assim, eu me restrinjo ao mainstream e alguns filmes com temáticas que me interessam profissionalmente, especialmente documentários e filmes que envolvam geopolítica.
O meu nicho mesmo é o anime. Fiz dois garimpos super especializados, somente com animações japonesas e com base em um serviço de streaming direcionado ao público otaku (o Crunchyroll). Meu 1º garimpo Netflix também envolveu um anime e outros dois excelentes filmes completamente diferentes um do outro.
Tendo isso tudo em mente, apresento a vocês um longa sobre guerra, uma animação 3d japonesa e um documentário com forte crítica social. Todos disponíveis na NETFLIX.
Aproveite e confira os meus outros garimpos previamente citados.
– Garimpo Crunchyroll: Hozuki no Reitetsu, Everything Flows e Another
– Garimpo Crunchyroll: Erased, Eve no Jikan e Orange
– Garimpo Netflix: O Congresso Futurista, Knights of Sidonia e Dredd
– Zona Verde (Green Zone), de 2010, dirigido por Paul Greengrass.
Paul Greengrass, diretor de fantásticos filmes – como 3 da franquia Bourne, o indicado ao Oscar “Capitão Phillips ” e ele mesmo tendo sido indicado ao Oscar de direção pelo sensacional “Vôo United 93” – apresenta uma visão bem diferente da polêmica invasão dos EUA ao território iraquiano em 2003. Aqui acompanhamos o oficial Miller (Matt Damon) e seu esquadrão especializado em desarmar armas de destruição em massa. Após ter acesso aos locais nos quais, supostamente, o exército iraquiano estaria mantendo suas “hiroshimas e nagazakis”, ele percebe que algo está muito errado.
Todos os locais estavam abandonados e, aparentemente, o motivo que levou a invasão não passou de um pretexto para algo muito mais escuso. Miller então muda totalmente seu foco ao ser transferido para a unidade de Martin Brown (Brendan Gleeson), que investiga acobertamentos do governo e das forças especiais americanas na guerra.
Zona Verde é um longa de excepcional conteúdo político, calcado em frenéticas cenas de ação e uma corrida contra o relógio.
– Gantz: O, de 2016, dirigido por Yasushi Kawamura e Keiichi Saitô.
Imagine você levando sua vida tranquilamente voltando da padaria, quando, de repente, como geralmente acontece, um carro sobe a calçada e te acerta em cheio. Mas ao invés de ir para 7 palmos abaixo da terra, você é transportado para uma sala com outras pessoas que você nunca viu, de idades e biótipos variados, e com uma grande esfera negra no meio do cômodo. Eis que a esfera começa a exibir instruções de quais aliens vocês devem matar, fornece armamento, vestimentas e um limite de tempo. Ainda confuso, você é teletransportado para alguma cidade para realizar tal missão.
Gantz: O é essa insanidade. Acompanhamos um pequeno grupo de Tóquio totalmente despreparado para a tarefa a frente, sendo ajudado pelo enorme e bem preparado grupo de Osaka, enquanto hordas e mais hordas de aliens invadem a cidade à noite. Embora seja uma sequência da série homônima, ela não é necessária para aproveitar essa bela animação, mas também recomendo fortemente.
– O Invasor Americano (Where to Invade Next), de 2015, dirigido por Michael Moore.
Todos nós conhecemos o premiadíssimo e super tendencioso documentarista Michael Moore, com incríveis documentários criticando a geopolítica, as estruturas governamentais e ganância empresarial norte americana, como “Tiros em Columbine “, “Sicko – $O$ Saúde ” e “Fahrenheit 11 de Setembro“. Dessa vez, Moore parte para uma crítica ao capitalismo neoliberal americano de uma forma diferente do que costuma fazer.
Ao invés de destrinchar as incoerências que TODO sistema político-administrativo possui, ele viaja o mundo inteiro, digo… ele invade diversos países, para roubar as melhores ideias possíveis dos países capitalistas, com um excelente bem-estar social, para aprimorar, sem perder a liderança econômica, a nação mais rica do planeta, os EUA.
Moore consegue abalar até o mais árduo defensor do estado mínimo, ao mostrar como diversas empresas e países ao redor do globo conseguem conciliar lucro e uma excelente qualidade de vida do trabalhador.
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