CinePigmeu: Room 8
James W. Griffiths, em 2014, venceu o 67º BAFTA de melhor curta-metragem com sua terceira-obra, Room 8.
Um velho (Michael Gould), em uma prisão, recebe um novo companheiro de cela (Tom Cullen). O novato explora o pequeno local, enquanto é observado pelo senhor, incomodado com as atitudes do jovem prisioneiro. Ao ver uma caixa vermelha fechada, em cima da cama, é alertado pelo homem velho “não abra; você poderá se arrepender”. Mas como com todo ser humano, o conselho se torna convite para o exato oposto.
A dúvida e a curiosidade estiveram conosco desde o Pecado Original. Também presentes em mitologias passadas, como quando Pandora abriu semelhante caixa. O que será que aquele velho esconde? Todos as mazelas do mundo ou a esperança, encoberta em um compartimento esquecido e abraçado pelo pó que vem com o tempo que passa?
“O homem nasce para sempre livre, mas em todos os lugares ele está acorrentado”, disse certa vez Rousseau. Somos prisioneiros de nosso destino. Somos os egocêntricos a atuar como Deus. Somos apenas poeira, depois de tudo; aquela mesma a abraçar as caixas esquecidas pelo tempo.
O filme é tão espetacular que merecia um Assista! só para ele, tamanha sua profundidade, que permite um sem-número de leituras com seus rápidos 6 minutos de exibição.
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