Crítica: Dragon Ball Super - Episódio 118: Accelerated Tragedy - Vanishing Universes
Como já é a praxe aqui do MetaFictions em nossos reviews de episódios de séries, teremos spoilers do episódio e da série inteira no texto a seguir. Curta, compartilhe e siga o MetaFictions nas redes sociais.
Dragon Ball Super tem seus altos e baixos. Há quem ame, há quem odeie e há, também, aqueles que ficam felizes apenas por existir uma continuidade nas histórias de personagens com os quais crescemos. Independentemente de onde você se posiciona, é um fato que DBS tem poucos episódios que realmente se conectam com o público, mas eles existem.
E hoje foi um dia de conexão. Nossa ligação com antigos e novos personagens foram testadas e, meus amigos, essa ligação para mim é mais forte do que eu esperava.
O episódio 118 focou em 2 lutas e envolveu, na arena pelo menos, 10 lutadores. Em uma das lutas tivemos o combate entre trios, com Goku, 17 e 18 pelo Universo 7 e Zarbuto, Zirlon e Rabanra pelo Universo 2. Na outra luta tivemos combate entre duplas, com Piccolo e Gohan pelo Universo 7 e Pirina e Saonel pelo Universo 6.
No início da luta do Goku contra os outros 3 membros restantes do Universo 2 fica muito evidente que o trio é muito fraco e que Goku, mesmo exausto, venceria a luta com tranquilidade. No entanto, algo extraordinário acontece.
A Brianne (ela só é Ribrianne transformada) está na arquibancada pedindo calma para todos os seres racionais do seu Universo – incrivelmente o Torneio do Poder está sendo exibido ao vivo para lá, como se fosse um BBB em que o eliminado é de fato eliminado – e eles começam a transmitir seu amor aos guerreiros restantes, como na Genki Dama que matou Boo.
Esses guerreiros absorvem esse poder e se transformam nos Guerreiros do Amor, com as mesmas roupas e golpes que suas contrapartes femininas. E confesso que mesmo com a Brianne envolvida nesse processo, não chegou a incomodar e foi de fato algo muito bonito. Afinal, a vida de todos dependia de eliminar o “vilão” Goku e cia.
Falando em cia., os Androides 17 e 18 aparecem para equilibrar o número de combatentes e ainda aproveitam para vestir a carapuça de vilões e dar um desfecho digno com discursos galhofas propositalmente. Que espetacular é a cara do Goku e quão foda é o Androide 17, como ficamos sem ele desde a saga Cell?
Simultaneamente temos a luta envolvendo Gohan e seu mestre. E, meus amigos, como isso me abalou profundamente. Mesmo não sendo um combate épico, ele foi emocionalmente pesado.
Piccolo percebe um ki estranho nos namekuseijins adversários e ficamos sabendo de algo que eu, apesar de suspeitar, não esperava que fosse nessas proporções, tão drástico. Ao descobrir os termos do Torneio, diversos namekuseijins se apresentaram para fundir seus corpos com o Pirina e o Saonel.
Vale lembrar que ao se fundirem um namekuseijin assimila o outro, não deixando traços de sua personalidade ou aparência física em quem assimilou. É um ato de abnegação que presenciamos 2x em DBZ em momentos críticos com Piccolo absorvendo Neil em Namekusei e depois absorvendo sua cara-metade Kami-Sama na Terra. Só que dessa vez foi um ato de desespero de uma raça para salvar seus semelhantes e o universo, mas infelizmente eles cruzaram com o Universo 7.
Esse ato foi tão emocionalmente pesado que Piccolo se abala ao ponto de ficar distraído e não conseguir se concentrar direito na luta, o que acaba fazendo com que ele seja atingido duramente. Ao recuperar a consciência no chão, ainda atordoado e abalado, vemos a aparição de Neil e Kami-Sama apontando para Gohan, que está prostrado à sua frente e absorveu a maior parte do golpe.
A essa altura eu já estava com lágrimas nos olhos. Piccolo se levanta, contempla seu pupilo lutando contra os 2 namekuseijins e ironiza a si mesmo ao falar: “e ainda era eu que pedia a você que se tornasse um guerreiro. Que fiasco.” De fato, mesmo Gohan não estando no seu auge, ele amadureceu bastante desde que se viu obrigado a lutar contra o Vegeta quando criança.
Eis que Gohan solta um kamehameha contra os dois namekuseijins, que resistem e conseguem reagir. Piccolo solta um magnífico makankosappo que perfura os oponentes e permite que o golpe de Gohan os arremesse para fora da arena.
Simultaneamente, temos Goku e os Androides 17 e 18 passando sufoco com um golpe esmagador dos Guerreiros do Amor, que só um kamehameha de Goku transformado em SSJ Blue consegue repelir e arremessar o trio para fora da arena, enquanto os kamehamehas de pai e filho cruzam no ar trazendo eliminações de dois universos.
O Universo 2 se despede primeiro, mostrando que o poder do amor, mesmo derrotado, permaneceu até o último momento, tanto nos participantes do torneio, como nos seus deuses, quanto nas populações dos seus planetas habitados, que entram na noite eterna sorrindo.
Depois foi a vez do Universo 6 dizer adeus… e que adeus. Especialmente pela eliminação ter vindo pelas mãos dos guerreiros do universo 7. Relembrando que os deuses da destruição desses dois universos são irmãos.
Não tinha percebido que havia me apegado ao Hitto – que de fato estava apenas quieto na arquibancada e não fingindo uma eliminação -, ao Kyabe, esse sayajin magricela, e ao Champa, esse deus da destruição fanfarrão. Seu adeus foi muito comovente, particularmente quando se dirigiu ao Bills que estava também abalado ao ver seu irmão tendo sua existência apagada.
O episódio 118 trouxe fim a dois universos e foi disparado, pelo menos pra mim, o melhor episódio de todo DBS. Agora ficamos no aguardo do episódio 119, para vermos os deuses supremos se divertindo enquanto bilhões de vidas são perdidas para seu entretenimento…
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