Crítica: Step Sisters


Fraternidades gregas, um grupo de universitários que não deseja se relacionar com qualquer outro grupo do tipo, têm princípios ridículos e seguem tradições tão bestas quanto “beber o sangue das irmãs que vieram antes de vocês”. Às vezes, esse clichê é suportável graças a alguns filmes com personagens simpáticos e um roteiro, no mínimo, competente. Step Sisters não é um desses.

Esse lançamento da Netflix conta a história de Jamilah (Megalyn Echikunwoke), uma estudante de boa reputação e capitã do time campeão de Step Dancing da fraternidade Theta Chi Phi, da qual também é presidente. Seu sonho de estudar em Harvard parece estar muito perto, até que as festeiras da Sigma Beta Beta fodem tudo e acabam com a imagem da faculdade. E agora Jamilah terá que treinar as “patricinhas-da-balada” para disputar a competição nacional de Step Dancing.

PARTIU TREINAMENTO! THIS IS STEP DANCING, BITCH!

“Siga em frente, olhe para o lado, se liga no mestiço na batida do cavaco!”

O filme recebeu várias acusações de apropriação cultural. E eu entendo perfeitamente o porquê. É quase como um cara branco usando a palavra nigga pra se dirigir a um negro. Ofensivo em todos os sentidos. Antes fosse só isso o motivo pro filme ser uma desgraça. Junta um bando de estereótipos preconceituosos (de maioria racista), uma cópia baratésima do plot de “A Escolha Perfeita” (trocando canto por dança) e uma tentativa de promover igualdade entre culturas super forçada e mais clichê que o próprio filme. Sem falar que ele tem mais cenas de treino que todos os filmes do Rocky Balboa. Sinceramente, não sei no que a Netflix tava pensando…

“And he’s watching us all with the eeeeeeyyyyyye of the tiger!”

Pegaram uma ideia simples e importante (especialmente na atualidade) e transformaram-na num conjunto de piadas sem graça e numa perda de tempo previsível. É o tipo de coisa de alguém vê depois de perder uma aposta, ou seja, não aposte mais nada que envolva assistir a um filme merda como derrota.

 

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