Garimpo Netflix: Tallulah, A Visita e Oh, Hello

No Garimpo de hoje trago gêneros bastante diversos: uma comédia indie, um thriller e uma comédia/peça de teatro seguindo um jeito stand-up de ser, digamos assim. Apesar do segundo ser do consagrado M. Shyamalan, esse filme maravilhoso ganha espaço aqui no quadro justamente por não ter sido muito valorizado aqui no Brasil, acredito. Sua estreia foi tímida e não vi por aí grandes falatórios a respeito da produção. O filme indiezinho da vez, como de costume que me é indicar esse gênero, é com a Ellen Page e é bastante divertido. Por fim, a comédia é escrita e estrelada pelo hilário Nick Kroll, criador de Big Mouth (resenhado aqui no MetaFictions). 

No mais, é isto. Divirtam-se com as sortidas indicações de hoje!


– Tallulah, de 2016, dirigido por Sian Heder

Tallulah (Ellen Page) é uma garota, no mínimo, irreverente. Adepta a um estilo de vida que mistura a marginalidade com a ideologia “into the wild” de ser, ela vive em sua van com o namorado e percorre o país a base de catar comida no lixo alheio e aplicar pequenos golpes para a própria sobrevivência.

Quando deixada pelo cara, a menina resolve ir à cidade e confronta a civilidade e burocracia daquele ambiente. Nesse contexto, quando ela menos espera, a pequena Maggie está em suas mãos. A partir daí vemos uma narrativa que leva a maternidade como o grande enredo do filme, misturando pitadinhas engraçadas e até reflexões interessantes sobre essa fase. 
A Visita (The Visit), de 2015, dirigido por M. Night Shyamalan

Pela estrada a fora eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovózinha… Ah, a casa de avós. Que lugar na face da terra pode ser mais seguro que um lar de velhinhos, não é mesmo? Não.

Os netinhos Becca (Olivia DeJonge) e Tyler (Ed Oxenbould) começam a notar um comportamento estranho em seus avós desde o início. Conforme o tempo vai passando, os dois começam a ficar cada vez mais assustados e, de fato, sentindo suas vidas em risco. O mestre Shyamalan não decepciona nesse thriller de arrepiar todos os cabelos possíveis do nosso corpo, e ainda brinda ao melhor estilo com a característica reviravolta de seus trabalhos. 
Oh, Hello on Broadway, de 2016, dirigido por Michael John WarrenAlex Timbers

Nick Kroll, o criador de Big Mouth, é um cara que eu gostaria muitíssimo de conhecer por aparentar ser genial e imbecil na mesma medida. E isso me instiga atenção e vontade de estar perto – “eu tenho gosto peculiares, você não entenderia…”. Quem diria que eu citaria 50 tons de cinza em algum momento da minha vida…

Em um formato de peça gravada, por ser originalmente um espetáculo, Oh, Hello traz a tona dois senhores contando sobre as décadas de convivência, fracassos e auges no show business e sobre… atum. De alguma forma todas as histórias se enlaçam apesar de existir a constante sensação de que, meu cacete, eu só posso estar drogado assistindo esse programa por que nada e tudo faz sentido ao mesmo tempo. De maneira dinâmica, não linear mas sem perder a pegada, a gravação é deveras cômica.

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