Os Filmes de Pior Avaliação de 2017 do MetaFictions

Se ontem publicamos nosso post dos filmes mais bem avaliados do site em 2017, só daqueles que receberam a nota máxima de 5 claquetes (e de um em especial que foi além), não poderíamos deixar também de publicar o oposto. O ano de 2017 foi bem prolífico na quantidade de bombas absolutas. Para a felicidade de nossos colaboradores, contudo, somente uma parcela pequena dessas desgraças foram resenhadas e, ainda assim, são várias!

Foram 8 obras que receberam a nota mínima de 1 claquete, um sem número de películas que foram avaliadas com 1,5 claquetes e um longa especialmente fumegante enquanto a bosta fedegosa que é que recebeu a inacreditável, inédita e nunca mais a ser repetida 0,5 claquete.

50 tons não!!!!!

Para essa lista, incluímos todos os filmes que receberam a nota mínimo, esse único filme que foi além em sua merdice e mais alguns poucos filmes relevantíssimos que receberam o 1,5, perfazendo, desta forma, os 12 filmes com a pior avaliação do ano aqui do MetaFictions.

Sem maiores delongas, é meu grande desprazer apresentar a vocês os mais bostejantes filmes do ano de 2017 de acordo com as resenhas publicadas no MetaFictions. Não deixem também de conferir o nosso post dos Filmes Mais Bem Avaliados de 2017 do MetaFictions!

O Chamado 3 (Rings), lançado em 3 de fevereiro de 2017, dirigido por F. Javier Gutiérrez

“Resultado do dia: Nostalgia de uma década atrás, ok. Adolescentes de uma década atrás, ok. Filme de uma década atrás, not ok. O Chamado 3 é um filme medonho e não no bom sentido.”

Por Ryan Fields, crítica publicada em 3 de fevereiro de 2017


Cinquenta Tons Mais Escuros (Fifty Shades Darker), lançado em 9 de fevereiro de 2017, dirigido por James Foley

“O filme, para mim, acaba sendo uma medíocre alegoria sobre como as mulheres ainda estão dispostas a aceitar pouco para si mesmas. Pouco sim pois, apesar de ter muita grana, Grey tem muitas facetas tóxicas que são maquiadas pelo poder e pinta. Anastacia é uma figura que me deixa frustrada e envergonhada enquanto mulher: uma marionete vivendo em função da única referência sexual e amorosa que ela teve até então e tentando alcançar sua redenção.”

Por Larissa Moreno, crítica publicada em 10 de fevereiro 2017

 

Tinha Que Ser Ele (Why Him), lançado em 16 de março de 2017, dirigido por John Hamburg

“A sensação final depois de 1h51min de duração é que o título do filme poderia mudar para Tinha que fazer isso? O que diz bastante sobre um filme cujas duas piadas mais duradouras envolvem um alce num globo de vidro cheio de urina e vasos sanitários. Uma pena. Porque a premissa…”

Por Marco Medeiros, crítica publicada em 15 de março de 2017


Velozes e Furiosos 8 (The Fate of the Furious), lançado em 13 de abril de 2017, dirigido por F. Gary Gray

“Pessoalmente sou uma pessoa que gosta desde um filme cabeça até algo sobre monstros caindo na porrada. Acredito que ambos são arte às suas próprias maneiras. Então por que eu gostei tanto de Mad Max e não gostei de Velozes e Furiosos 8 (já adiantando pra vocês)? Simples! Por que Mad Max sabe o que ele é e explora o que tem a oferecer, um espetáculo visual com uma puta ambientação e uma bela direção, enquanto Velozes e Furiosos sabe o que é e oferece algo gratuito, que trata o espectador como idiota. Quando acontece alguma cena incoerente ou alguma coisa que não faz sentido, é jogada uma cena de ação para ‘desviar a atenção’ de quem está assistindo, e isso é triste, muito triste!”

Por Gabriel Eskenazi, crítica publicada em 13 de abril de 2017

Gostosas, Lindas e Sexies, lançado em 20 de abril de 2017, dirigido por Ernani Nunes

“O filme traz no trailer e título promessas empoderadoras em relação ao papel feminino. A história entrelaçada de quatro gordinhas independentes lidando com os (cof cof) desafios (?) da vida como fêmea. Acredito que a proposta pseudo-feminista se estruture na simples inserção de mulheres como protagonistas de um filme. Pronto, é filme com mulher JÁ DEU VAZÃO, foda-se o conteúdo. Patética e ironicamente, a história de cada uma acaba existindo em função de homens. Tânia (Lyv Ziese) tem um marido cuzão. Ivone (Cacau Protásio), ainda que seja o símbolo de independência financeira do filme, precisa arranjar um cara pra transar. Marilu (Mariana Xavier) tem fogo no que rima com seu nome e reproduz o típico papel do garanhão galinha versão mulheril. Bia (Carolinie Figueiredo) é uma babaquinha que fica dividida entre dois caras. Céus, será essa a simplificação da vida da mulher bem resolvida, gata, gostosa e tudo que o filme brada tanto?”

Por Larissa Moreno, crítica publicada em 21 de abril de 2017


Ninguém Entra, Ninguém Sai, lançado em 4 de maio de 2017, dirigido por Hsu Chien Hsin

https://youtu.be/VuNqZZi9oBs

“Desfilando um elenco de personagens ofensivamente estereotipados, um roteiro sem pé nem cabeça e uma direção que não se decide se quer fazer do filme uma comédia familiar, uma pornochanchada ou um filme escrachado, Ninguém Entra, Ninguém Sai não funciona em nível algum. (…)
Temos aqui, portanto, um filme que poderia ser uma boa comédia escrachada e sexual, um bom filme erótico meio chanchada meio soft porn ou até mesmo uma boa comédia. Ocorre que o longa não é nenhuma dessas coisas, deixando o espectador com a impressão de que se trata uma puta oportunidade desperdiçada, a se considerar o elenco que conta com bons e novos nomes da comédia brasileira, como Letícia Lima e Rafael “errou feio, errou rude” Infante, além do lendário e inacreditavelmente subaproveitado Antonio Pedro, que, salvo engano, nem fala tem!”

Por Gustavo David, crítica publicada em 4 de maio de 2017

 

– Rei Arthur: A Lenda da Espada (King Arthur: Legend of the Sword), lançado em 18 de maio de 2017, dirigido por Guy Ritchie

“Repleto de mística fútil, adaptações absurdas, personagens de um carisma ‘suíço’, planos mal elaborados e uma trama tão confusa quanto inverossímil, a nova obra de Guy Ritchie  vive de atos performáticos e esporádicos. Em sua estética boçal, narrativa que indignaria Camus e acting digno de Jean Wyllis (o BBB, não o deputado), Guy Ritchie funde o ruim ao pior.
Assim como o Brasil de hoje, Rei Arthur: A Lenda da Espada não vale o ingresso e pode parecer engraçado para os que estão de fora assistindo o circo queimar, seja de Miami, seja de Avalon. Mas para quem está dentro, seja da sala, seja do país, é sorrir para não chorar.”

Por Thotti Cardoso, crítica publicada em 19 de maio de 2017


Death Note, disponibilizado pela Netflix em 25 de agosto de 2017, dirigido por Adam Wingard

“Todos os personagens são muito mal apresentados e, contraditoriamente, é uma adaptação que não se sustenta sozinha e depende de você ter visto o original para entender as motivações e importância de cada um. (…)
Caso eu tivesse esse death note do filme, eu poderia muito bem escrever que ‘ao terminar de ler a crítica de Death Note no site do MetaFictions, fulano de tal pega o máximo de empréstimos que podia e transfere a soma, junto com suas posses, para Ryan Fields. No dia seguinte, o fulano deve se fantasiar de Mulher Maravilha e se encaminhar para o Corcovado. No caminho, caso alguém perguntasse algo, ele deveria falar ‘tudo mec’ e tentar converter a pessoa ao budismo. Uma vez no Cristo Redentor ele pegará no laço da verdade e, praticando a famigerada asfixiação auto-erótica, deve se enforcar enquanto bate uma bronha ao cantar o hino do Japão. Seu esperma voaria com o vento e fecundaria uma moradora de rua, que daria luz ao presidente do Brasil de 2050.’ E, voilá, isso tudo aconteceria.”

Por Ryan Fields, crítica publicada em 26 de agosto de 2017

 

Emoji: O Filme (The Emoji Movie), lançado em 31 de agosto de 2017, dirigido por Tony Leondis

“O roteiro preguiçosíssimo nem se dá ao trabalho de tentar imprimir ar novo à ‘trajetória’ do herói. Se La Fontaine o tivesse escrito, o resultado soaria mais 2017 do que isso. As personagens não causam a menor empatia, os diálogos não funcionam. Esse roteiro deveria ser castigo obrigatório para todos os amigos que mandam solicitações de jogos no Facebook. Taí um bom uso para o filme: ser usado como punição para todos que cometem gafes virtuais.”

Por Marco Medeiros, crítica publicada em 31 de agosto de 2017

 


Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi), lançado em 13 de dezembro de 2017, dirigido por Rian Johnson

Alvo de muita controvérsia do site, o Episódio VIII de Star Wars foi o tema de nosso acaloradíssimo último Movie Battle do ano. Vlamir Marques adorou, Ryan Fields achou mais ou menos e Thotti Cardoso, como pode ser visto abaixo, odiou, dando ao mais recente episódio de Star Wars uma nota pífia.

“Personagens demais são apresentados, aqueles que realmente importam, que nos seduzem seja por requinte visual, seja pelo passado, são arremessados para fora, e aqueles que agradam única e exclusivamente ao mercado asiático reinam sob a luz da Lua (sim, Rose, você é um porre). Os anseios mais profundos do capítulo VII sobre a origem de determinados personagens são amassados na pirotecnia arrogante de Johnson. Diálogos vergonhosos, overdose de CGI e crianças escravas, Os Últimos Jedi, em seu cego delírio de Império Contra-Ataca, terminou por se converter numa versão Disney de ‘Ameaça Fantasma’, e agora o Jar Jar Binks é uma vietnamita.
Luke, Leia, C3PO, R2, as engrenagens clássicas são negligenciadas em pretérito de uma nova geração que nunca convence. Adam Driver mais uma vez entrega um Kylo Ren emo, que poderia muito bem estar ainda chorando a morte de Chester Bennington. Pior, as motivações, conflitos e ideologias do personagem são esfaceladas, ficamos com uma caricatura de papel machê. Rey de Daisy Ridley, o outro fio condutor da obra, não ganha desenvolvimento nenhum, mesmo com sequências psicodélicas, close up e mais close up, a personagem sai da obra do mesmo jeito que entrou. Finn (John Boyega) e Poe Dameron (Oscar Isaac) continuam os mesmos alívios cômicos planos de sempre.”

Por Thotti Cardoso, crítica publicada em 19 de dezembro de 2017

Paixão Obsessiva (Unforgettable), lançado em 20 de abril de 2017, dirigido por Denise Di Novi

Por último, tendo a honra de ser o filme com a pior avaliação do ano, recebendo apenas meia claquete, temos esta excrescência:

“Isso porque ainda não falei dos diálogos, escritos todos no melhor estilo George Lucas, com os personagens expondo o que estão pensando o tempo todo por meio de falas embaraçosas e de dar vergonha alheia. As atuações são desastrosas, a película se assemelha a uma trash peça de teatro infantil onde tudo é plano, inclusive o cenário.
Caro leitor, se por acaso te passar pela cabeça ir assistir a esse excremento em forma de filme, prefira ouvir 90x a música de Valeska. Galhofa por galhofa, melhor a que se assume do que a que se esconde em artifícios vagabundos que não comovem nem as tiazinhas do pavê.”

Por Thotti Cardoso, crítica publicada em 21 de abril de 2017

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