Crítica: Fullmetal Alchemist
Eu sei que não deveria, mas não consegui me conter. Momentos antes de sentar para assistir o mais novo longa distribuído pela NETLFIX, Fullmetal Alchemist, eu revisitei a abertura desse que TALVEZ seja o melhor anime já feito… (desculpa, Dragon Ball).
Tentando não cometer o mesmo erro que a NETFLIX cometeu com a adaptação live action de Death Note, a Warner apostou em uma produção nipônica e consideravelmente mais próxima do material original (com MUITA liberdade em alguns aspectos).
No entanto, diferente dos 37 episódios de “Death Note”, temos 64 episódios de uma trama que envolve um número muito maior de personagens e uma história muito mais rica em localidades e tramas a serem adaptadas em um longa que terá continuidade (opa… spoiler). Será que a NETFLIX acertou em distribuir com seu selo?!
Fullmetal Alchemist parte de uma premissa muito simples. Dois irmãos, Edward (Ryôsuke Yamada) e Alphonse Elric (Atom Mizuishi), perdem sua mãe e tentam revivê-la através da alquimia. Nesse mundo, a alquimia funciona a partir de um “princípio científico” de trocas equivalentes; para criar algo é necessário dar algo de igual valor.
Porém, transmutar um humano é um tabu e os irmãos acabam perdendo mais do que esperavam. Alphonse perde todo seu corpo e Edward perde uma perna e um braço. A partir desse ponto seguimos os irmãos em busca da famosa Pedra Filosofal, elemento de grande poder cujo uso alquímico, teoricamente, seria capaz de reaver os seus corpos.
Conforme avançamos nessa busca, os irmãos vão se embrenhando em uma conspiração vil e descobrem segredos monstruosos (e monstros) do governo, que agora eles servem como alquimistas federais, o que dá a eles a possibilidade de prosseguir na busca das Pedras Filosofais.
Infelizmente, para conseguir cobrir a maior parte da trama proposta, inúmeros personagens são jogados em cenas que servem mais como fan service do que qualquer outra coisa. Outros aspectos interessantíssimos da obra original, como a guerra civil de Ishival, são relegadas ao segundo plano, assim como diversos personagens fundamentais e queridos que sequer são mencionados, criando um grande vazio na obra.
Não temos as belas discussões éticas vistas no anime e que o filme até levanta, mas sem qualquer aprofundamento. O que temos é um filme com efeitos especiais de “Mortal Kombat,” atuações caricatas, figurinos de Comic Con e uma história que só “funciona” para quem assistiu ao anime.
A impressão que deu foi que não investiram 1/10 do dinheiro que a NETFLIX apostou em Death Note e, por conta disso, a Warner criou um longa ruim e mal feito… uma pena. Bem, pelo menos pouparam dinheiro dessa vez.
Leave a Comment