The 1st MetaFictional Awards - 2018

Não é de hoje que o Cinema é recheado de premiações pelo mundo afora. Há César, Cannes, BAFTA, Oscar, entre muitos outros. Cada qual com seu estilo, destacando diferentes obras, com orientações completamente distintas entre si. Desde produções extremamente conceituais ao Cinema-Espetáculo, as estatuetas envolvem tanto os artistas quanto os cinéfilos. É verdade, no entanto, que a maior visibilidade em termos de público são os Academy Awards – o Oscar – pelo dinheiro que movimenta e propaganda que realiza. Apesar disso, não é necessariamente o que mais preza pela Arte em seu estado mais puro.

Como fazemos todo o ano, logo após a festa hollywoodiana de americanos para americanos (muito embora, a premiação esteja ficando cada vez mais mexicana), há a nossa eleição MetaFictions. Nela, todos os colaboradores que se sentem aptos a votar em determinadas categorias elegem aqueles títulos e artistas que mais marcaram positivamente o ano. Dessa curta votação, entregamos nossa simbólica premiação àqueles que fizeram um trabalho inesquecível para nós, grandes amantes da 7ª Arte.

Foto da nossa cerimônia de premiação ocorrida na madrugada da última terça. Aqui, populares aplaudem a originalidade de nossa premiação.

São elegíveis as obras produzidas em 2017, bem como os artistas envolvidos em suas realizações. Dessa vez, todos os colaboradores votaram, com exceção de Vlamir Marques (nossa mais nova aquisição). Esses votos já estiveram disponíveis para vocês desde a publicação do Pitaco MetaFictions – Oscar 2018, quando apresentamos nossos palpites em relação aos votos da Academia (destaque para o papão Marco Medeiros, que acertou todos), bem como aqueles em quem votaríamos em nosso foro íntimo.

Na publicação de hoje, o resultado de todas essas escolhas unidas. Acompanhe algumas das principais categorias quem são os vencedores MetaFictions. Aproveite, por favor, para deixar aquele esculacho costumeiro porque não votamos em Star Wars para melhor filme.

And our award – que, no caso, é uma caixa de saborosas Paçoquitas Santa Helena por categoria, o que quer dizer que se tiver mais de um sujeito vencendo a gente espera que a porrada estanque – goes to… (na verdade ele não “go to” pra ninguém, mas ficará guardado em nossa nababesca sede esperando seus vencedores buscá-los ou então serem comidos por nosso editor chefe, o que vier primeiro).

– Melhor Montagem: Jonathan Amos e Paul Machliss por Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)

A montagem, também muito chamada de edição, é o processo cinematográfico mais encantador quando usado de forma correta e original. Com ela é possível viajar no tempo, ser onisciente e onipresente. É na montagem que encontramos a forma mais honesta de conduzir o telespectador por onde queremos e é por meio dela que ditamos o ritmo do filme. Com isso em mente, o prêmio de melhor montagem nessa temporada vai para Jonathan Amos e Paul Machliss pelo belo trabalho no longa Em Ritmo de Fuga. Talvez a melhor característica desse belo filme tenha sido seu ritmo de cortes casado com a trilha sonora encaixando perfeitamente nas cenas de ação. A atenção dedicada a esse casamento do começo ao fim, em uma obra que é praticamente um musical, sustenta as quase 2h de exibição que nos deixam extasiados ao seu término, como se tivéssemos acabado de sair de uma montanha russa. A essa dupla só podemos dizer uma coisa: “Tequila”!
Por Ryan Fields.

1o – Em Ritmo de Fuga – 4 votos
2o – Eu, Tonya e Dunkirk – 2 votos
3o – Blade Runner 2049 – 1 voto


– Melhor Cinematografia: Roger Deakins por Blade Runner 2049


Um dos maiores diretores de fotografia em atividade, Roger Deakins também é famoso por ser um eterno esnobado pelo Oscar – tradição cujo fim finalmente se deu esse ano. A melhor notícia, porém, é que Deakins não ganhou o prêmio como consolação (como geralmente acontece nesses casos), mas por aquele que é provavelmente seu melhor trabalho: Blade Runner 2049. Ser responsável pela fotografia da sequência do filme de ficção científica visualmente mais influente de todos os tempos pode parecer tarefa inglória, mas Deakins encontrou a medida certa entre um deslumbramento totalmente original (toda a sequência de Las Vegas, aliando perfeitamente a forma e o conteúdo da narrativa) e uma homenagens às cenas inesquecíveis concebidas por Jordan Cronenweth no original (o reflexo das águas nas paredes, a luz turva do sol). Apesar de toda a atmosfera high-tech que uma produção dessa magnitude exige, chama a atenção como o universo de Blade Runner 2049 é palpável, e Deakins traduz isso em diversas cenas, reforçando uma das temáticas centrais do filme, que é a questão do tato e do contato físico. Depois de colaborações espetaculares com os irmãos Coen e com o próprio Denis Villeneuve, Deakins realmente parece ter realizado sua obra-prima.
Por Anderson Gomes.

1o – Roger Deakins (Blade Runner 2049) – 8 votos
2o – Sayombhu Mukdeeprom (Me Chame pelo seu Nome) – 1 voto

– Melhor Animação: Viva: A Vida é uma Festa (Coco), dirigido por Lee Unkrich e Adrian Molina

A animação que trouxe mais um Oscar pra Pixar (mais que merecido!) e uma das mais emocionantes do estúdio também. Tive o enorme prazer de assistir e escrever a crítica desse espetáculo. O filme conta a história do aspirante a músico Miguel (voz original de Anthony Gonzalez) que viaja, acidentalmente, para a Terra dos Mortos com o objetivo de encontrar seu tataravô. Um roteiro super tocante e personagens carismáticos ajudam a mostrar a cultura repleta de cores, diversidade e vida que é a mexicana, além de entreter todo mundo independente da idade. Leve uma caixa enorme de lencinhos só pra garantir.
Por Valentina Schmidt.

1o – Viva: A Vida é uma Festa – 3 votos
2o – Com Amor, Van Gogh – 2 votos


– Melhor Filme Estrangeiro:  Uma Mulher Fantástica (Una Mujer Fantástica), do Chile, dirigido por Sebastián Lelio

Uma Mulher Fantástica se configura como o mais recente exemplo da qualidade e variedade temática do cinema chileno contemporâneo. O filme pode ser lido pelo menos de duas maneiras: como um sensível estudo do luto e do trauma, a partir da perda da pessoa amada; ou como uma extremamente pertinente discussão sobre a afirmação de identidades múltiplas em meio a um mundo cada vez mais conservador. Talvez a principal qualidade do roteiro seja unir essas duas dimensões de forma tão harmoniosa, ainda dando espaço para cenas brevemente surreais e impactantes. Daniela Vega, cuja atuação é belíssima em sua sutileza, nasceu para ser uma estrela do cinema.
Por Anderson Gomes.

1o – Uma Mulher Fanstástica (Chile) – 2 votos (critério de desempate)
2o – Thelma (Noruega) – 2 votos
3o – Sem Amor (Rússia) – 1 voto

– Melhor Roteiro Adaptado: James Ivory por Me Chame pelo Seu Nome (Call Me By Your Name)

Adaptar um roteiro é tarefa das mais inglórias. O roteirista se embrenha por caminhos espinhosos: trasladar uma linguagem totalmente trabalhada na expressão das palavras em imagem cinematográfica, traduzir o que antes era verbo em ação, trair o original sem abandonar sua essência e, ainda assim, criar uma obra sua. Para, no final, ter que ouvir o coro de “O livro é muito melhor”. Roteiros adaptados são veredas tortuosas. Tortuosas são também as veredas da paixão. E o nosso vencedor na categoria roteiro adaptado é muito mais que um roteiro: é uma obra-prima do cinema em estado de paixão. Me Chame pelo Seu Nome, romance de André Aciman, nas mãos do magnífico James Ivory se transformou em um dos momentos mais marcantes da cinematografia contemporânea. Aos 89 anos, Ivory nos lembrou que, mais que técnica, efeitos e pirotecnias, o cinema é feito de boas histórias, personagens com os quais o público se importe, talento e sentimento. Nada sobra, nada falta naquele texto. “Quando menos esperamos, a Natureza tem maneiras inesperadas de localizar nosso ponto mais fraco”, diz o pai do jovem Elio, no momento mais memorável do filme. O Cinema também consegue localizar o nosso ponto mais fraco e encher esse momento de beleza e descoberta. Foi só isso que James Ivory atingiu no mais que belo Me Chame pelo Seu Nome.
Por Marco Medeiros.

1o – James Ivory (Me Chame pelo seu Nome) – 6 votos
2o – Stephen Chbosky e Steve Conrad (Extraordinário), Virgil Williams e Dee Rees (Mudbound) e Scott Frank, James Mangold e Michael Green (Logan) – 1 voto


– Melhor Roteiro Original: Jordan Peele por Corra! (Get Out)


É aqui que nasce um filme. Aquele derradeiro instante em que uma história, que só existe na cabeça de seu autor, vem ao mundo e vira o embrião daquilo que nós cultuamos é o que determinará a essência do produto final que chegará aos cinemas. Para essa temporada de filmes, o MetaFictions premia Jordan Peele pelo seu extraordinário trabalho no roteiro original de Corra!. Sua realização está na forma subversiva que a questão do racismo na classe média alta liberal norte americana se manifesta. Jogando constantemente com nosso senso comum, Peele cria grande desconforto com diálogos cuidadosamente orquestrados, gerando uma desconfiança, tanto em Chris (Daniel Kaluuya) quanto na audiência, de que “algo errado não está certo”. Até a última cena o roteiro nos prende e seus plot twist são pertinentes e naturais, não causando aquela levantada de sobrancelha de quando alguém quer nos vender algo e não nos convence. O roteiro original de Corra! convence e convence MUITO.
Por Ryan Fields.

1o – Jordan Peele (Corra!) – 3 votos
2o – Darren Aronofsky (Mãe!) e Greta Gerwig (Lady Bird) – 2 votos
3o – Guillermo del Toro e Vanessa Taylor (A Forma da Água) e Trey Edward Shults (Ao Cair da Noite) – 1 voto


Melhor Ator Coadjuvante: Sam Rockwell em Três Anúncios Para um Crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri)


Imagino que o Ator Coadjuvante é, de certa forma, tão importante quanto o protagonista. E isto se torna ainda mais claro em um filme sobre as relações humanas, fazendo com que Sam Rockwell, o nosso premiado, se destaque justamente por ser tão humano. Ao mesmo tempo que é mostrado um lado nojento de seu personagem, ele cumpre seu arco de redenção ao lutar por boa causa. Isso não o transforma nem em uma boa pessoa, nem uma pessoa ruim. O filme o trata como um ser humano que tem atitudes ruins e atitudes boas. Por isso, Rockwell é o vencedor, por apresentar uma personalidade tão odiosa, porém tão verdadeira.
Por Gabriel Eskenazi.

1o – Sam Rockwell (Três Anúncios para um Crime) – 3 votos
2o – Michael Stuhlbarg (Me Chame pelo Seu Nome) – 2 votos
3o – Woody Harrelson (Três Anúncios para um Crime), Robert Pattinson (Z: A Cidade Perdida), Bryan Cranston (A Melhor Escolha) e Willem Dafoe (Projeto Flórida) – 1 voto


– Melhor Atriz Coadjuvante – Laurie Metcalf por Lady Bird: É Hora de Voar (Lady Bird)

Em Lady Bird: É Hora de Voar, Laurie Metcalf interpreta a coadjuvante mais importante e principal da vida da imensa maioria de todos nós, a Mãe. Laurie interpreta uma mãe dura e preocupada com sua filha, demonstrando seu amor sempre antagonizando a filha em várias e complexas situações e decisões. A atriz traz para a personagem uma certa bipolaridade, alternando as emoções sobre as situações, acompanhando a raiva adolescente de Saoirse Ronan com elegância e qualidade, e passando a exata medida do velho adágio de que mãe é padecer no paraíso (ou em Sacramento). É por isso, por interpretar um papel tão difícil e tão real, que Laurie é a nossa escolhida do ano.
Por Gabriel Eskenazi.

1o – Laurie Metcalf (Lady Bird) – 4 votos
2o – Allison Janney (EU, Tonya) – 3 votos
3o – Robin Wright (Blade Runner 2049) e Mary J. Blige (Mudbound) – 1 voto

– Melhor Ator: Gary Oldman por O Destino de uma Nação (Darkest Hour)

Comumente, falamos sobre como uma obra de Arte entra para a História; como ela imortaliza o seu autor; como resiste ao passar do tempo. Isso não serve tão somente para a peça como um todo: o filme, já que estamos a falar sobre Cinema. Encaixa-se também perfeitamente em determinado elementos de uma produção: roteiro, direção, edição, cinematografia, atuação. Nesta última há uma particularidade: estamos sempre a ver rostos familiares, mas como conseguimos enxergar através do ator e identificar tão somente o personagem? Trata-se do poder de versatilidade. E, em relação a isso, não há no mundo alguém que supere Gary Oldman – conhecido por mim e meus amigos como um “camaleão cinematográfico”. Indicado pela segunda vez na Academia (o que é um absurdo inimaginável) e finalmente levando a estatueta e imediatamente a oferecendo lindamente à sua mãe de 99 anos, Gary encarna o imortal Winston Churchill, fazendo de sua atuação algo mais extraordinário do que a própria obra pronta. O que Oldman realiza é para se ter como uma das melhores atuações da História do Cinema, sendo muito mais do que uma maquiagem que o envelheceu. A expressão corporal de um idoso é dele; a impostação vocal de um velho é dele; e os trejeitos de alguém vivo há um bom tempo também é dele. De todos os premiados no 90º Academy Awards, Gary Oldman foi o responsável pela única realização que, definitivamente, saltou aos olhos; que envolveu; que fez permanecer no meu imaginário o quanto o Cinema é maravilhoso. O considerado maior britânico de todos os tempos encarnado por um dos maiores artistas de todos os tempos (igualmente britânico) a quem devo muito acerca da minha visão artística, em especial, cinematográfica.
Por Rene Vettori.

1o – Gary Oldman (O Destino de uma Nação) – 6 votos
2o – Jacob Tremblay (Extraordinário) e Timotheé Chalamet (Me Chame pelo seu Nome) – 1 voto


– Melhor Atriz: Florence Pugh por Lady Macbeth

Sir Laurence Olivier, um dos maiores atores de todos os tempos, disse uma vez que “o ator deve ser capaz de criar o universo na palma da sua mão”. Na primeira cena de Lady Macbeth, o espectador se depara com uma mulher cujo rosto está coberto por um véu. Nunca uma primeira cena prenunciou tão bem a atuação que presenciaríamos daquele momento em diante. Quando o véu sai e encaramos os olhos de Florence Pugh estamos definitivamente fisgados pela atuação feminina mais potente e magnética em muitos anos. A jovem inglesa, praticamente uma estreante, se joga e empresta seu corpo a uma mulher que não é um universo, mas vários. Sua Katherine explode em cada gesto, cada momento de respiração, cada pausa. É frágil e terrível, apaixonada e cruel, simples e multifacetada. É assustadoramente belo. Se Lady Macbeth for o prenúncio do que esta jovem atriz guarda para o mundo, respire, leitor. Alguém está realmente decidida a gravar o seu nome na arte de representar. Bravissimo, Florence Pugh!
Por Marco Medeiros.

1o – Florence Pugh (Lady Macbeth) – 2 votos (critério de desempate)
2o – Jennifer Lawrence (Mãe!), Frances McDormand (Três Anúncios para um Crime) e Saoirse Ronan (Lady Bird) – 2 votos
5o – Margot Robbie (Eu, Tonya) – 1 voto

– Melhor Diretor: Darren Aronofsky por Mãe! (Mother!)

Após assistir a “Noé“, um filme que, como Mãe!, foi carregado de uma polêmica tal que impediu muita gente de apreciá-lo como merecia, eu cheguei a conclusão de que não há na Terra um cineasta tão necessário (e, ao meu ver, tão brilhante) quanto Darren Aronofsky. A expressão francesa tour de force (um feito de extraordinária dificuldade, de demonstração do domínio pleno de determinada técnica ou habilidade) parece ter sido cunhada para descrever a obra de Aronofsky e nunca isso ficou tão claro quanto em Mãe!. Aqui ele assina o roteiro e a direção de um filme tão ambicioso quanto egocêntrico e, justamente por isso, tão perfeito quanto necessário. Se em sua obra Aronofsky se notabilizou por retratar personagens que são dilacerados por sua própria natureza (conforme falei em nosso Top 10 – Melhores Diretores em Atividade, no qual ele ficou em 2º), em Mãe! ele cria uma alegoria para tanta coisa dentro da condição humana que eu – ou qualquer outra pessoa (talvez até mesmo o próprio Darren) – sou incapaz de listar. Mas é valendo-se de seu domínio absoluto da linguagem cinematográfica e de um roteiro literário em suas figuras de linguagem que Darren usa o próprio Criador (e, por Criador, ele não se refere apenas Àquele) e o tormento de sê-lo para nos explicar o que é ser humano.
Por Gustavo David.

1o – Darren Aronofsky (Mãe!) – 3 votos
2o – Luca Guadagnino (Me Chame pelo seu Nome) – 2 votos
3o – James Gray (Z: A Cidade Perdida), Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma), Greta Gerwig (Lady Bird) e Guillermo del Toro (A Forma da Água) – 1 voto


– Melhor Filme: Mãe! (Mother!), de Darren Aronofsky

Mãe! é o tipo de filme que te desafia em todas as áreas possíveis. E delas não eximo a própria missão de falar a respeito da obra. Isso se dá pelo fato de qualquer mero detalhe vir a ser um potencial spoiler dentro de uma dinâmica de constante exercício de entendimento de significantes e significados, fruto de uma alegoria ao mesmo tempo óbvia e jamais feita pelo mestre Darren Aronofsky. A obviedade se dá pela inspiração vir de algo primitivo. E o surrealismo se justifica pelo diretor conduzir uma história sem pé nem cabeça que, ao mesmo tempo, desperta interpretações diversas numa mesma sala de cinema. Um filme que a primeira vista pode ser rotulado como feito pra chocar e ser pseudocultzinho. Talvez até se torne, com o tempo, uma obra clássica de fato. Mas que vai muito além do imediato (e maravilhoso) sentimento de “que porra está acontecendo” que alguns pretensiosos longas carregam sem, por fim, resultar em nada. O que posso garantir sobre Mãe!, e é a única garantia que dá pra ter, é que está longe de ser um filme vazio de emoções. É um convite à ter sua cabeça construída, destruída e reconstruída tal como a casa que os personagens moram.
Por Larissa Moreno.

1o – Mãe! – 4 votos
2o – Me Chame pelo seu Nome – 2 votos
3o – Mudbound, Lady Bird e A Forma da Água – 1 voto

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