Crítica: Alex Strangelove

Me Chame Pelo Seu Nome”, “Com Amor, Simon” e o recente “Beach Rats” são alguns dos filmes lançados nesse semestre com uma temática LGBT, além de serem bastante aclamados por público e crítica. A mais nova adição ao grupo é Alex Strangelove, uma coming-of-age story divertida e mais um acerto pra Netflix.

Acompanhamos a vida dentro e fora da escola de Alex Truelove (Daniel Doheny), um jovem no último ano do ensino médio que deseja finalmente perder sua virgindade com sua querida namorada, Claire (Madeline Weinstein). O romance bonitinho (e um pouco bizarro) do casal entra em zona de risco quando Alex conhece Elliot (Antonio Marziale), um rapaz homossexual do “outro lado da cidade”. A partir daí, a indecisão reina e confusões tomam as rédeas de sua vida.

“Olha aí os novos rei e rainha do baile. Engole essa, Carrie!”

A química de Doheny com Weinstein e Marziale é muito boa e os três entregam performances bem seguras. Quero vê-los em mais projetos. Quanto à parte técnica do filme, o roteiro é divertidinho, a estética não é tão “ambiciosa”, como diria um autor da Entertainment Weekly que também resenhou a produção, e têm muitos clichês de sitcoms e filmes adolescentes (sem sacanagem). Não sei como, mas eles funcionam bem no desenrolar da história e, por algum motivo, o resultado final me lembra uma versão contemporânea de filmes do incrível e saudoso John Hughes (lenda por trás de pérolas como “Curtindo a Vida Adoidado” e “Clube dos Cinco”, este último homenageado em um Nostalgia aqui do site). Alguns podem discordar, mas, francamente, foda-se ;D.

Call me by your name and I’ll call you by mine. Opa! Filme errado.

Independentemente de alguns momentos e até personagens meio homofóbicos (apesar do longa se passar em dias atuais), o filme é fofo, otimista e aborda esse assunto extremamente relevante/importante na nossa sociedade de uma maneira leve e sem apelação. Afinal, isso pode acontecer com qualquer um e é bem possível que alguém esteja passando por isso neste exato momento. Se estiver, caro(a) leitor(a), assista ao filme, reflita e saiba que estou do seu lado.

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