Crítica: Champions - 1ª Temporada
Assim como certas espécies de animais, séries correm grande risco de extinção. Isso pode ter soado estranho, mas depois fica mais fácil de compreender. É só lançarem uma temporada (ou até míseros episódios) que o público e a crítica já decidem se o programa deve durar mais, merece uma chance ou se precisa ser enterrado antes que alguém sofra com a má qualidade do produto. Vejamos a seguinte situação: existe a possibilidade da Netflix e duas das mentes criativas por trás da amada “The Office”, no caso, a americana, criarem uma bomba? Sim, e tem até nome: Champions. Pode ter ganhado os corações de alguns críticos quase por completo, mas não conseguiu pegar o dessa aqui!
O plot básico não chega a ser um problema: Vince (Anders Holm), um cara sem planos de vida, é dono da academia Champions com Matthew (Andy Favreau), seu irmão mais novo com o QI de um hamster. Os dois vivem uma vida normal até que entra em cena Michael (J. J. Totah), o filho de Vince com uma de suas peguetes do ensino médio (a comediante Mindy Kaling). Se fosse só isso a série, tudo bem. Adicione personagens mal construídos, piadas péssimas, roteiro fraco e referências que ou a vítima (perdão, o telespectador) precisa acessar o Google a cada minuto ou estão absurdamente erradas. A propósito, “Os Miseráveis” É UM FILME BASEADO NUM MUSICAL BASEADO NO LIVRO DE VICTOR HUGO, TÁ, ROTEIRISTAS?!
Cada clichê/estereótipo presente me dá uma mistura de nervoso, vergonha alheia e espanto pela falta de originalidade. O único personagem que poderia existir na vida real, ao meu ver, é o Michael, porque, como fã e ex-aluna de teatro musical, conheci muitas pessoas com personalidade similar a dele. Diferença? Elas eram responsáveis. Talvez ele seja uma das poucas coisas que salve a série de ser 100% um desastre. O resto não tem resgate. Juro. Vi séries adolescentes com roteiro melhor e muito mais potencial, o que é raro.
“Sei não. Acho que a gente tá atrás de vários.” Atrás de INÚMEROS!!
A não ser que realizem mudanças drásticas no roteiro e na dinâmica, a série pode durar mais uma temporada. Se acontecer, só vou dar uma segunda chance dependendo da minha vontade, e provavelmente meu humor. Se não, bem, c’est la vie, né?
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