Crítica: Insatiable - 1ª Temporada

Imagine a seguinte situação: você leva um soco no estômago, é sequestrado, acorda num espaço quase impossível de encontrar e te forçam a assistir algo beeeeeeeeeeeeem difícil de engolir. Pois é. Essa foi a sensação ao assistir toda a primeira temporada de Insatiable, a atual série mais polêmica da Netflix e, sem uma sombra de dúvida, a pior de todas. Chamá-la “show de horrores e preconceito” é ser generoso.

A suposta sátira (“suposta” porque não funciona) conta a história de Patty Bladell (Debby Ryan), uma adolescente que era vítima de bullying por causa de seu antigo peso e tem sede de vingança. Para isso, ela se junta a Bob Armstrong (Dallas Roberts), um advogado e treinador de concursos de beleza. Os dois se juntam e os horrores além da controvérsia de gordofobia crescem. Vários apontaram que a série é pior que gordofóbica/ofensiva e consegue ser absurdamente inferior ao trailer, que também não ajuda. Ah, mas se fosse o único problema…

1) Só eu achei essa maquiagem tosquíssima? 2) Iiiiiiiih, agora o roteiro perde a linha…

O roteiro é mais que preguiçoso, tem personagens caricatos e mal construídos e uma vingança ridícula parecendo uma versão amadora de “Heathers”. Fora a mensagem de que é preciso emagrecer para vencer na vida, a série também consegue ser racista, machista, xenofóbica, homofóbica e faz piadas nojentas sobre abuso sexual e outros temas pesados. Para comprovar, aqui vão duas de suas pérolas: a) “Eu não sou asiática. Sou adotada!”; b) “Bissexuais são como demônios e aliens: não existem”. Inacreditável, né?

Exatamente o que pensei ao ver tudo.

Se o programa fosse feito há, no mínimo, 15-20 anos, a repercussão seria completamente diferente e ninguém faria polêmica sobre preconceitos tão primitivos. Mas em pleno 2018, onde temos várias campanhas de aceitação, diversidade e etc, É PODRE E COM ZERO BOM SENSO!!! Mesmo sem que o abaixo-assinado que fizeram para cancelarem o lançamento da série não tenha tido efeito, acredito que nem vão precisar se dar ao trabalho de fazer outro para que não haja uma segunda temporada.

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