Crítica: Somewhere Between (1a Temporada)

Uma mãe faria qualquer coisa por seu filho. Iria aos confins do mundo para salvá-lo, mataria alguém, até brincaria com o destino da maneira mais besta e clichê possível: voltando no tempo. Não estou dizendo que viagem no tempo é o principal foco de Somewhere Between. Serve mais para justificar a falta de sentido desse thriller.

A série da ABC de 2017, agora distribuída internacionalmente como Original Netflix, é uma adaptação do drama coreano “God’s Gift: 14 Days” e conta a história de Laura Price (Paula Patton), uma mãe que parece ter tudo de perfeito em sua vida: bem-sucedida no emprego, família querida, o pacote todo. Seu mundinho maravilhoso é desintegrado após o assassinato de sua filha, Serena (Aria Birch).

“A vítima não resistiu. O que faremos agora?” “Resolvemos isso com nossas próprias mãos” (Back in Black começa a tocar).

Três meses depois da tragédia, Laura tenta se suicidar, mas, aos 45 do segundo tempo, ela acorda uma semana antes da morte de Serena num estilo “Feitiço do Tempo”. Unindo-se ao ex-policial Nico Jackson (Devon Sawa), que também sofreu uma viagem no tempo, a mãe fará de tudo para prevenir a morte da filha, mesmo sabendo que só tem uma chance. Oooooooooh quanta tensão.

Apesar do plot levemente interessante, o programa é totalmente desperdiçado por personagens duramente estereotipados e atuações, no geral, bem bleh, com destaque para Birch como uma pirralha chata pra cacete e Patton, graças a seu overacting desnecessário. Essa desgraça fez com que entregasse a pior performance do elenco inteiro. Além disso, a falta de originalidade em várias partes do roteiro me impressionou bastante e até me enfureceu, porque achei que seria algo legal.

Aquela cara que você faz quando vê que a sua foto da escola tá uma verdadeira bosta.

Devido à baixíssima audiência nos States, a série foi cancelada depois de sua única temporada. Uma pena diante do potencial da série, potencial este que é incinerado por sua equipe. Pelo menos houve um final decente e que concluiu 100% essa loucura, porque se não tivesse, seria bem pior.

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