Crítica: O Feitiço do Natal (The Holiday Calendar)
Mais um final de ano chegando e com ele uma enxurrada de filmes natalinos começa a estrear, estes que marcam, muitas vezes, a nossa infância. Filmes cheios de magia, carregados de esperanças e boas vibrações. Nada mais justo, pois a data, para muitos, representa o nascimento de Cristo, homem enviado por Deus, ou o próprio Deus na Terra. Nesta época do ano, renovamos nossas energias e esperanças para um novo ciclo que se iniciará. E como ainda falta um pouquinho, por que não começarmos com um filminho romântico, bem água com açúcar, cheio de mágica no ar e que nos faz lembrar que já é tempo de arrumar a casa de enfeites e contagiar a nossa alma para acreditar em dias que esperamos que sejam melhores?
O filme que estreia esse tema na Netflix é O Feitiço do Natal, que retrata a vida de Abby (Kat Graham), que, para quem acompanhou a série “The Vampire Diaries”, matou um pouco a saudade de Bonnie Bennett, a bruxinha do bem e sempre boa amiga de todos. Aqui ela é uma fotógrafa super talentosa, mas que ainda não teve sua arte reconhecida e tem um grande melhor amigo, Josh (Quincy Brown), que aliás foi o responsável por ela ter se tornado fotógrafa.
Nada mais normal que essa amizade levasse a um romance, pois os dois além de melhores amigos são cúmplices em tudo. Mas em uma noite, próxima ao Natal, seu avô (Ron Cephas Jones) lhe dá um calendário antigo que pertenceu a sua avó. Com o passar dos dias, o calendário, que só abre à meia noite, começa a mostrar o futuro; ele é mágico!!!!! Futuro esse de contos de fadas, inclusive um romance com um carinha que parece ser perfeito. No princípio, tudo indica que era o que a nossa protagonista desejava. Porém as coisas começam a mudar e para a surpresa da própria Abby, o carinha perfeito para ela estava mais perto do que ela imaginava! Surpresa só para ela, na realidade.
A fórmula que foi vista em tantos outros títulos mais uma vez é colocada em prática aqui. Certamente, não esperamos uma obra inspirada ou tocante em casos como estes. De antemão, sugere-se, inclusive, que a produção seja para preencher a “cota natalina” referida na introdução. Fica, portanto, a impressão de que houve, em diversos momentos, apenas a mudança de atores e personagens, restando à narrativa em si uma reprodução de outros filmes anteriores; nem mesmo uma releitura daqueles contos.
A trama não traz nada de surpreendente, tendo as mesmas premissas e conclusões. Porém os velhos clichês de união, amor e esperança estão presentes e nos mostram que são essenciais, principalmente para serem vistos e compartilhados às vésperas do Natal com toda a família. Na verdade, não somente nessa época, mas que todos esses sentimentos sejam emanados aos quatro cantos do mundo em todos os momentos do ano.
por Leilane Vettori
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