As Obras de Pior Avaliação de 2018

O ano de 2018 foi curioso no que se refere a produção audiovisual. Tivemos, como temos todo ano, muita coisa ruim sendo lançada tanto no cinema, quanto na televisão e também nas plataformas de streaming. Mas com a DC lançando só um (e bom) filme este ano e com a Disney resolvendo dar uma segurada na franquia principal de Star Wars, nem tivemos assim tantas desgraças absolutas nos cinemas.

Agora que já chamei toda a força do hate de vocês, peço que vocês as canalizem às verdadeiras calamidades em forma de audiovisual que nós, os pobres críticos aqui do MetaFictions, fomos obrigados a assistir somente na magnânima intenção de poder vir aqui e praticamente implorar a todos que não cometessem o mesmo erro que a gente. E ainda acabo de me dar conta que sou eu o responsável por metade dos filmes desta lista, o que ou quer dizer que eu sou um mal-amado/mal-comido/pau pequeno/bobão e afins, ou então que sou a mais abnegada das criaturas.

“Será que esse ano vou ter o que xingar no twitter?”

É evidente que vocês discordarão, o que, no contexto deste post específico, é exatamente o que a gente quer. O hate somente com o hate será combatido é o lema aqui da redação e razão pela qual hoje eu já não tenho mais certeza se o pessoal realmente acha que minha vó é uma arrombada.

De todo modo, vamos à lista daquilo que houve de mais lamentável no ano de acordo com as avaliações da redação, com notas horríveis entre 1 e 2 claquetes.

Step Sisters, dirigido por Charles Stone III, disponibilizado pela Netflix em 19 de janeiro

“Pegaram uma ideia simples e importante (especialmente na atualidade) e transformaram-na num conjunto de piadas sem graça e numa perda de tempo previsível. É o tipo de coisa de alguém vê depois de perder uma aposta, ou seja, não aposte mais nada que envolva assistir a um filme merda como derrota.”
Por Valentina Schmidt em crítica publicada em 21 de janeiro


– As Novas Aventuras do Macaco (The New Legends of Monkey), disponibilizado pela Netflix em 28 de janeiro

“A Austrália, que vem produzindo excelentes obras e, inclusive, já foi tema de um Garimpo NETFLIX (Garimpo Netflix: Austrália!), escorrega vergonhosamente nessa releitura de um antigo clássico. Caso você queira se aventurar, tente desligar seu cérebro e se divertir com a mais variadas caras e bocas dos personagens e das cenas de luta que mais lembram as do Batman do Adam West.”
Por Ryan Fields em crítica publicada em 28 de abril

 Cinquenta Tons de Liberdade (Fifty Shades Freed), dirigido por James Foley, lançado em 8 de fevereiro

“O legal mesmo ia ser ter um filme em que o Christian começava a ter impotência e tinha que lidar com a contradição que um pau mole, na cabeça de um machão desses, estabelece com um cara que tem tudo na palma da mão. Fica minha dica pra um próximo, e agora bom, filme da sequência. Ia ser foda também se a Anastasia acordasse um dia, percebesse que é lésbica, desse um pé na bunda de Grey e se apaixonasse por uma caminhoneira. Muitas, muitas ideias teriam sido mais emocionantes que a desenvolvida.”
Por Larissa Moreno em crítica publicada em 9 de fevereiro


Edha, criado por Daniel Burman, disponibilizado pela Netflix em 16 de março

https://www.youtube.com/watch?v=-it_JGQtLYU

“Sem qualquer falsa modéstia, eu sou um verdadeiro bravo por ter chegado até a metade da série. Pensei que, pelo menos, ela poderia engrenar a partir do meio como muitas outras fazem, mas percebia que minha esperança era vã a cada novo episódio e, principalmente, com o final absolutamente insosso, broxante e que não tem qualquer congruência com tudo o que foi estabelecido pelo arremedo de roteiro.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 16 de março

Kickboxer – A Retaliação (Kickboxer: Retaliation), dirigido por Dimitri Logothetis, disponibilizado pela Netflix em 14 de maio

“Com cenários que parecem de videogames ruins da década de 90, um desenho de produção horrendo e interpretações que talvez nem devessem levar a honra de assim serem chamadas, Kickboxer não consegue sequer entreter na sua única proposta: a porradaria. A dica que deixo é, se você quiser ver uma boa trocação envolvendo as estrelas deste filme, escreva Wanderlei Silva ou Mauricio Shogun no YouTube e seja feliz.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 14 de maio


– Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom), dirigido por J.A. Bayona, lançado em 21 de junho

“Jurassic World: Reino Ameçado é um festival de efeitos especiais maravilhosos que até traz uma certa diversão em função deles e também do carisma de Chris Pratt, mas não passa disso. Fica longe de ser memorável em um nível tal que eu estou com dificuldade até mesmo de lembrar do filme completamente para poder escrever isso aqui. Em comum com o original, temos apenas um Jeff Goldblum em uma participação meio desnecessária e os dinossauros. A tensão e o espírito de aventura se perderam no meio do caminho neste 5º capítulo de uma franquia que só nos deu um título realmente bom (o primeiro), mas que, mesmo assim, continua dando dinheiro o suficiente para continuar sendo produzida.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 20 de junho

Tau, dirigido por Federico D’Alessandro, disponibilizado pela Netflix em 29 de junho

“No aspecto técnico a coisa não muda de figura. A edição do filme é confusa e insegura. Os efeitos especiais e o desenho de produção também pecam bastante. À exceção do que se pensou enquanto interação com Tau e a própria representação física do avatar da inteligência artificial, todos os demais efeitos parecem alguma coisa levemente melhor do que o Chapolin voando em seus aerólitos (ou seriam aerolitos), além de genéricos. Há um robozão aqui que é animado só com um tiquinho mais de esmero do que o ED 209 fabricado pela OCP em Robocop. Inclusive, em determinado momento do filme eu fechei os olhos por uns 30 segundos e me dei conta que os efeitos sonoros são idênticos.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 30 de junho 


Romina, dirigido por Diego Cohen, disponibilizado pela Netflix em 13 de julho

“Romina é claramente aquele filme independente MESMO, em que seu realizador, Diego Cohen, é responsável por tudo ou quase tudo na obra. O que torna extremamente louvável a sua atitude de pensar e, definitivamente, criar um filme, lutando contra a ausência de recursos. Por pior que o título seja – e é bem ruim, de verdade – Cohen tem um filme em mãos, algo seu, uma criação pessoal. No entanto, seria tão melhor se ele tivesse unido esses esforços e essa galera para fazer algo que realmente quisesse dizer alguma coisa.”
Por Rene Michel Vettori em crítica publicada em 16 de julho

Insatiable – 1ª Temporada, criada por Lauren Gussis, disponibilizada pela Netflix em 10 de agosto

“O roteiro é mais que preguiçoso, tem personagens caricatos e mal construídos e uma vingança ridícula parecendo uma versão amadora de “Heathers”. Fora a mensagem de que é preciso emagrecer para vencer na vida, a série também consegue ser racista, machista, xenofóbica, homofóbica e faz piadas nojentas sobre abuso sexual e outros temas pesados.”
Por Valentina Schmidt em crítica publicada em 12 de agosto


Crô em Família, dirigido por Cininha de Paula, lançado em 6 de setembro

“Em um filme que faz mais pela homofobia e pela estereotipação do homem gay do que o Bolsonaro jamais teria sido capaz, eu aprendi que, se eu quiser ser gay, basta repetir que estou “fazendo a” sei lá o que, insistir em bordões ridículos como “pedi pra parar, parou” e andar por aí me pavoneando com penteados espalhafatosos e outfits de marca enquanto bebo prosecco e falo de boys magia.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 7 de setembro

– O Que de Verdade Importa (The Healer), dirigido por Paco Arango, lançado em 27 de setembro 

https://www.youtube.com/watch?v=zo7vqJSavAw

“Idealmente acredito que, tratando-se de um filme que aparentemente busca enfatizar a questão do câncer até mesmo pela campanha para tal, o assunto poderia ser melhor explorado. Se menos espaço fosse dedicado às trapalhadas e desencontros que acontecem no início do filme teria sido possível uma produção de maior qualidade. No entanto, a forma que o diretor escolheu orquestrar o longa e, especialmente, o roteiro que está por trás de tudo isso, faz com que a produção seja chata e não cause tanta empatia como deveria ao telespectador.”
Por Larissa Moreno em crítica publicada em 29 de setembro


Venom, dirigido por Ruben Fleischer, lançado em 4 de outubro

“É uma adaptação BIZARRA dessa versão heroica do Venom que resolveram trazer aos cinemas e, em outra decisão ainda mais BIZARRA, decidiram também que Venom não faria parte do universo do Homem-Aranha. Isto, por si só, já faz com que o fã de quadrinhos em mim sue frio de vontade de sentar a porrada em quem tomou essas decisões. (…) Temos um filme genérico até a medula, com uma direção que parece não existir e um roteiro que acerta unicamente na relação entre Venom e seu hospedeiro, o jornalista metidão e fodido Eddie Brock (Tom Hardy). Hardy, inegavelmente um dos melhores atores de sua geração (vejam “Locke“!!!!), e Michelle Williams, também ela uma das melhores atrizes de sua geração, são os verdadeiros heróis aqui, tentando (e fracassando na maior parte do tempo) passar por cima da falta de comando da direção e de conteúdo do roteiro.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 4 de outubro

Halloween, dirigido por David Gordon Green, lançado em 25 de outubro

“Apesar de trazer de volta Jamie Lee Curtis a um papel saudosista de 4 décadas atrás, apesar de recriar o clima tão explorado ao longo desse tempo, e colocar em ação o monstro humano de máscara, uma vez mais, Halloween é uma sequência de tensão já conhecida e sentida que faz do filme uma mera justificativa para se homenagear o aniversário de seus personagens.”
Por Rene Michel Vettori em crítica publicada em 28 de outubro


– Robin Hood – A Origem (Robin Hood), dirigido por Otto Bathurst, lançado em 29 de novembro

“Escrever estas linhas já está me fazendo mal. Eu fui ao cinema com vontade de gostar disso. Eu lia tudo que podia sobre Robin Hood quando moleque e estava até mesmo ok com o fato de que esta obra seria uma reinvenção do mito, mas, puta que me o pariu, o que fizeram aqui foi basicamente uma coisa que tem nada ou pouco a ver com o mito de Robin Hood e meteram seu nome no meio para tentar faturar em cima da fama. E isso tudo seria ok se o que fizessem fosse bom, mas não é o caso. Trata-se do filme mais esquecível do ano e é bom que assim seja, pois perder duas horas no cinema assistindo já é demais.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 29 de novembro

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