Crítica: Big Mouth: My Furry Valentine
Gostaria de deixar claro que defendo 12 de Junho como a oficial data do Dia dos Namorados. Valentine’s Day é outro lance celebrando o amor e acontece no dia 14 de Fevereiro nos States. Poucos dias antes da “exaltação” de São Valentim, o time de criadores liderado por Nick Kroll e Andrew Goldberg lançaram o especial Big Mouth: My Furry Valentine, avacalhando os clichês e inspirado num clássico.
Basicamente, o episódio duplo mostra diferentes situações em que nossos protagonistas se encontram nessa data tão aguardada. Só que não. Nick tenta se adaptar à presença de Connie como sua nova Monstra Hormonal, um incidente com seus mamilos e é forçado a jantar com seus pais no dia mais romântico do ano, o que estraga todo o contexto. Além disso, Andrew faz de tudo para reconquistar Missy; Jessi tem seus próprios problemas com sua mãe e o conceito da data; e Jay sofre um dilema sobre qual almofada ele prefere, bem, transar. Mesmo assim, quase tudo é resolvido com aquele humor que conhecemos nesse episódio que também homenageia minha comédia romântica favorita de todos os tempos e, ao meu ver, a melhor do gênero (que também completa 30 anos esse ano!): “Harry e Sally”.
De cara no trailer, vemos referências ao filme. Desde entrevistas com casais sobre como se conheceram (trocando “casais” por adolescentes e seus monstros) à clássica cena do orgasmo falso da Sally protagonizada por Nick, que também “assume” o papel do Harry no episódio. Apesar de não explicitar quanto tempo passou depois dos eventos da 2ª temporada, não houve falhas de continuidade e tudo ocorreu de forma simples e natural, isto é, pro padrão deles.
Fora a super homenagem, seus dois números musicais e a atenção que deram a Matthew merecem destaque. Divertidos e engraçados, porém curtos e grossos. Já a storyline focada em Matthew retrata algumas dificuldades sobre ser o único jovem declaradamente gay da escola e o que fará nesse dia tão meloso. Mesmo com sua participação pequena nas temporadas anteriores, o destaque que recebeu aqui, felizmente, favorece o enredo.
Não me lembro de ter assistido um holiday special bom de verdade, mas este foi muito acima da média se comparado com outros do gênero e da Netflix. Independente dele agregar algo a tudo o que aconteceu na série, recomendo demais para os fãs e românticos, solteiros ou não.
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