Crítica: Uma Aventura Lego 2 (The Lego Movie 2: The Second Part)

Quem diria que marcas de brinquedos renderiam bons filmes? 2014 veio com uma resposta: “Uma Aventura Lego” foi um filme bastante agradável, criativo e bem divertido, unindo propriedades que interseccionam a própria empresa Lego e a Warner, como foi o caso do Batman, que, após o sucesso do primeiro filme baseado em lego, recebeu seu spin-off “Lego Batman: O Filme“. E, agora, cinco anos depois, a sequência chega aos cinemas.

Depois dos eventos do primeiro filme, misteriosos aliens chegam à cidade e a transformam em uma espécie de terra arrasada a la “Mad Max”. Após irem embora, uma espécie de emissora dos tais aliens chega e captura Lucy (dublada por Elizabeth Banks no original), Batman (Will Arnett no original) e outros três personagens, e, agora, cabe a Emmet (Chris Pratt no original) resgatá-los.

O que você encontrará nos 106 minutos do longa é diversão e uma aventura prazerosa que agradará as crianças e pessoas mais velhas de diferentes formas, exatamente como ela se propõe. Para os mais novos tudo é lúdico, quase como se as brincadeiras que fazem nos quartos tivessem se transportado para a tela do cinema. Para os mais velhos, as referências são um deleite para os ouvidos, me peguei sendo o único rindo na sala do cinema por uma certa cutucada à uma espécie de crossover que seria muito legal ver.

A animação é estupenda, assim como seu predecessor, tudo é lego. As destruições são feitas de lego, os prédios, as armas, os carros e, meu detalhe favorito, até as fumaças são de lego. A criatividade da equipe por trás do filme é vasta, isso é notado na riqueza de detalhes dos cenários, com muita personalidade vista nas locações escolhidas pelo filme. No caso de uma cidade, as ruas são lotadas de coisas para vermos e tudo – o colorido, a estética, a movimentação – é cuidadosamente trabalhado. No caso do mundo “Mad Max”, o cuidado não é abandonado, as áreas desérticas, as construções caídas, os carros com espinhos, os bonecos lego versão “Mad Max”, roqueiros, tatuados e, de uma certa forma, esbanjando violência. Os personagens são envolventes, mas nada que emocione. Meu favorito continua sendo o Batman que, ao meu ver, continua acertando a mão neste Batman narcisista e confiante.

De uma certa forma, achei a história desse longa relativamente complexa para o público infantil (que foi o público com qual me deparei no cinema, cerca de 4-7 anos de idade). Nada que os faça perder a cabeça em confusão, mas a parte que aborda viagem no tempo pode ter soltado alguns parafusos na cabeça dos pequenos gafanhotos.

Uma Aventura Lego 2 não chega a ser tão legal quanto o primeiro, mas, ainda assim, demonstra que tem criatividade, por parte de seus realizadores, para transbordar histórias interessantes e divertidas. Só espero que a Warner não desista desta franquia e de suas ramificações (Lego Batman), pois, se olhar por um ponto de vista, foi o universo cinematográfico que mais deu certo na empresa.

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