Crítica: El que se Enamora Pierde

Nunca tinha assistido a uma comédia romântica colombiana, e, para começo de conversa, me decepcionei. Eu, logo eu, que, sem vergonha nenhuma de admitir, adoro uma. Tem dias que queremos assistir a algo simplesmente para nos fazer bem, mesmo que sejam aquelas comédias românticas já batidas, que já vimos e revimos um milhão de vezes. Então, mais uma vez me deparo com esse gênero que me faz acreditar que o mundo é, ocasionalmente, um faz de conta bonitinho. Mas não, esse não me deixou assim e vamos entender o porquê.

Nessa película colombiana, nossa protagonista é uma fotógrafa que desde cedo é apaixonada por esse universo. Nosso mocinho, nada atraente, também se encontra fascinado por fotografias e coincidentemente os dois já se conheciam na infância. Por uma brincadeira bem inocente acabam criando uma certa animosidade. Anos mais tarde, para a surpresa de ambos, se deparam trabalhando juntos em uma campanha e – adivinhem! – eles têm que superar as picuinhas deixadas no passado.

Tudo estava na mais perfeita ordem de um desenrolar típico de uma comédia romântica: os dois tendo que trabalhar juntos e, com o tempo, o amor desabrocharia e tudo acabaria bem no mundo da fantasia. Mas algumas tiradas ao longo do filme me deixaram um pouco desanimada em continuar assistindo. Uma comédia meio pastelão tomou conta de uma boa parte da obra. Não que as típicas comédias românticas não tenham um tom de diversão, mas nesse caso isso se deu de uma forma não muito agradável, o que me fez pensar por várias vezes em desistir de seguir assistindo.

Mas eu segui e aqui estamos analisando esse longa tão peculiar, e que se mostrou mais um show de comédia de péssimo gosto com uma pitada de romance no ar. Tive a sensação que seus criadores acabaram perdendo a mão e a obra acabou se tornando algo bem pastelão em certos momentos; talvez por quererem mostrar algo diferente do universo desse tipo de filme onde tudo é sempre tão lindo e perfeito. As atuações também ficaram dignas de alguns quadros do famoso show de bizarrices apresentado durante anos em uma emissora brasileira. Ou seja, um apanhado de muita coisa ruim que já foi vista à exaustão.

Para uma primeira experiência desse gênero proporcionada pela Colômbia, posso afirmar que foi bem diferente do que estou acostumada para esse tipo de estilo cinematográfico. Mas, apesar das pegadas sem noção, os personagens são carismáticos e conseguem criar com o espectador uma certa empatia. É possível até – só não sei como – torcer para que no final, além deles superarem seus próprios conflitos amorosos, sobrevivam às “gracinhas” nada bem-vindas ao decorrer do longa.

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