Crítica: É o Bruno (It’s Bruno!) - 1a Temporada

O ditado diz que “o cachorro é o melhor amigo do homem”. Seu maior concorrente, nos dias atuais, talvez seja o smartphone, mas essa hipótese não vem ao caso, pelo menos aqui. Esse relacionamento de “mútua confiança” é abordado de maneira cômica e bem escrita na nova série de comédia da Netflix, É o Bruno.

Inspirado no curta homônimo de 2015, acompanhamos o dia-a-dia do jovem Malcolm (Solvan “Slick” Naim, criador da série) e seu cachorro, Bruno, pela região de Bushwick, no distrito do Brooklyn. Situações absurdas e sem sentido, à primeira vista, recheiam essa comédia que, apesar do título parecer mais o de um programa infantil, apresenta um “quê” de “Atlanta” fundido a “Apenas um Show” e até “O Incrível Mundo de Gumball” e mostra que não é necessário a história ter componentes mirabolantes que explodirão ou bugarão a cabeça do espectador para funcionar e ser considerada boa.

Ditado comprovado.

Conseguindo ser sutil e escrachada ao mesmo tempo, o roteiro é bacana, tem piadas geniais e uma dose legal de baixaria. Também aborda questões consideradas tabus na sociedade, como a gentrificação e diferenças socioeconômicas. Além de criar a série e dar vida a um personagem de carisma único (e ser realmente o dono desse cão fofíssimo), Naim também produziu, roteirizou e dirigiu todos os 8 episódios da temporada. Seu esforço e dedicação apresentaram efeito, afinal, a qualidade é surpreendente e dá ao público o que promete e mais.

Quando o cachorro come o seu trabalho.

Cada episódio dura, em média, 15 minutos e é perfeita para aquele espectador preguiçoso que não tem paciência para assistir algo com duas ou três vezes essa duração. É melhor ainda se ele for dono de um Canis lupus familiaris. Mesmo assim, não importa se você demonstra todas essas características ou nenhuma, porque essa história leve e simples poderá te conquistar mais rápido que o Marley destruindo sua casa.

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