Crítica: Nosso Último Verão (The Last Summer)

O verão é, sem dúvida, a estação do ano mais representada nas telas. Desde o romance de Danny e Sandy em “Grease” aos três meses de férias que passam depressa de “Phineas e Ferb”. A lista é longa e os clichês inúmeros. Nosso Último Verão, filme adolescente lançado recentemente na Netflix, garante mais uma entrada, mas os clichês e a falta de criatividade deixam a história mais rasa que piscina infantil.

A comédia romântica mostra as férias de verão de um grupo de jovens antes de ingressarem à primeira etapa da vida adulta: faculdade. Só essa história básica já ativa o fator make-it-or-break-it, tirando o fato de que é improvável que pessoas fora da adolescência assistam a essa bomba de água com açúcar. Se existisse alguma coisa levemente original na história, até seria um filme melhor, mas, como esperado, não é o caso. Apesar de eu ter terminado o filme com uma mente limpa, isso não faz com que as plotlines batidas e personagens absurdamente estereotipadas escapem da mediocridade. E sejamos sinceros: o objetivo era avaliar essa bagaça, independente da sensação boa no final.

De cara, no trailer, percebemos que é mais um filme genérico, não entregando nenhuma novidade pro gênero. Um elenco recheado de rostos de sucesso no universo teen atual chega pra ser vítimas do roteiro vazio dos irmãos Bindley, mas não estou defendo a qualidade das origens de alguns nomes do longa, que fique bem claro! No estilo das últimas três produções (todas ruins) do saudoso Garry Marshall, o tema central é representado por histórias interconectadas, cada uma mais blasé que a outra. Temos um casal cujo garoto volta a ficar apaixonada pela garota que não via há anos, dois nerds que se aproveitam das circunstâncias para entrar no mundo adulto, ex-namorados tentando lidar com o término e seus melhores amigos coadjuvantes, mas com suas próprias histórias.

Todos são estereótipos clássicos e mal-desenvolvidos, exceto Alec (Jacob Latimore) e Audrey (Sosie Bacon), que têm algo minimamente humano em suas personalidades e enredos. Enquanto esses personagens “salvam”, Phoebe (Maia Mitchell) estraga. Seu parceiro, Griffin (KJ Apa), me dava uma vontade de bater nele, mas não chegava aos pé da chatonilda metida a cineasta. Ela é a “típica estudante de cinema”: só usa preto, chapéu à noite, outsider total e acreditar ser incapaz de sentir emoções. Como futura estudante da sétima arte, já cansei dessa representação ultrapassado e me sinto ofendida. Isso pode ser muito idiota pra maioria, mas não pra mim.

E assim como as estações nunca mudam, concluímos que a Netflix vacila ao produzir comédias românticas. Perdoem a polêmica, mas esse é o meu pensamento. Caso queiram assistir algo só pela diversão e sem pensar, se arrisquem nisso. Agora, se procura uma produção bem feita, no geral, você sabe o que fazer, eu acho.

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