Garimpo Netflix #18
O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.
Hoje em nosso quadro mais aclamado apresentaremos 3 propostas completamente diferentes para ocupar seu feriado e final de semana. Temos um documentário magnético, um filme que mescla cenas de interações reais e ficção e finalizamos com aquela comédia relaxante para esvaziar sua cabeça.
Não esqueça de compartilhar e dar o seu pitaco sobre as obras indicadas!
– O Desaparecimento de Madeleine McCann (The Disappearance of Madeleine McCann), de 2019, dirigido por Chris Smith.
Talvez um dos casos sobre desaparecimento de criança mais amplamente conhecidos no mundo, o da britânica Madeleine, é o tema central do documentário de 8 partes da NETFLIX. Estreando na plataforma esse ano ainda, a obra passou um tanto despercebida se comparada a outras de mesmo formato, como a 2a parte de “Making a Muderer” e “The Innocent Man“, só para citar algumas recentemente lançadas. Aqui acompanhamos cronologicamente todos os acontecimentos e circunstâncias do desaparecimento de Madeleine até os dias de hoje (e caso você não saiba o desfecho, não procure na internet) por meio de entrevistas com todos os envolvidos direta ou indiretamente no caso.
Com algumas cenas levemente fortes, o destaque da obra reside em alguns questionamentos pertinentes, em especial do impacto que um evento desse causa na comunidade portuguesa e britânica, e a responsabilidade que os meios de comunicação e a polícia têm em relação ao bem-estar da família e da própria Madeleine. Ah! Você também vai entender o motivo da gente fazer piada com portugueses.
– Ele Está de Volta (Er ist wieder da), de 2015, dirigido por David Wnendt.
Uma sátira necessária, divertida e assustadora. Ele Está de Volta é um verdadeiro tapa em nossa cara e mostra que os temas que envolveram e criaram uma Alemanha Nazista na década de 1930 são tão pertinentes e atuais quanto as eleições que ocorrem em pleno século XXI por todo o globo, em especial num país líder dentro de um bloco que luta para permanecer vivo, a União Europeia.
Aqui partimos daquela premissa marota do “e se…?”. E se Hitler aparecesse na Alemanha hoje? O que ele acharia no que se transformou seu país? Seu discurso ainda teria espaço? Ele conseguiria angariar seguidores? Adotando uma mescla de cenas roteirizadas e entrevistas naturais partindo da premissa de sua existência hoje, temos um longa que abalará até as fundações da sua fé na humanidade.
– Ano Um (Year One), de 2009, dirigido por Harold Ramis.
Jack Black é um dos meus atores favoritos na comédia e drama. Um gordinho carismático, bom de papo e com as melhores expressões faciais dentro do meio cinematográfico, fazendo dele peça central em longas divertidíssimos, como o amado “Escola do Rock”, e de dramas que te rasgam a alma, como o belo “A Pé Ele Não Vai Longe“. Aqui acompanhamos ele e Michael Cera no ano um depois de Cristo, vivendo essencialmente como homens primitivos das cavernas. Cagando descaradamente para a história da humanidade, o filme se aproveita de discussões atuais para desconstruir cenas com situações estereotipadas que temos de povos e civilizações antigas em nossas mentes. Ano Um é uma sátira que ofende o bom-senso, mas que serve de alento para relaxar sem compromisso algum com a realidade.
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