Garimpo Netflix #21
O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.
Essa semana, apresentamos um Garimpo Netflix com obras de temas adorados pelo público, com atores renomados e diretores premiados que fazem desse quadro a razão de ser. Começamos com um filme de terror com muita violência, sangue e cenas de tensão, depois passamos para um filme alternativo envolvendo sexo, drogas e um tanto de ação e finalizamos com um drama com nuances de comédia estrelado por nomes de destaque na indústria e dirigido por uma lenda do Cinema.
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– 30 Dias de Noite (30 Days of Night), de 2007, dirigido por David Slade
Esqueça os vampiros que brilham à luz do dia, os nobres engomadinhos donos de castelos e os que lutam contra sua própria espécie (Blade, estou falando com você). Vampiro maneiro é aquele vampiro povão, sujão, que morre ao contato da luz do sol e precisa se virar pra conseguir o sangue nosso de cada dia. Em nosso Garimpo Vampiros!, apresentamos 3 longas com seres da noite numa sociedade moderna e com questões mundanas, mas todos ainda prisioneiros do ciclo mortal de dia e noite que rege seus cotidianos. Agora imagine uma cidade no Alasca que, por 30 dias no inverno fica sem conexão aérea com o mundo, com rodovias fechadas, suprimentos contados e um frio de rachar a alma. Já é um cenário ruim, né? Adicione a essa equação um grupo de vampiros que ficou hibernando no solo por 11 meses e que terá nesse tempo de escuridão ininterrupta que saciar sua sede por sangue e fazer reservas até o próximo inverno.
Esse é o cenário de 30 Dias de Noite, baseado na HQ de Steve Niles de 2002. Contando com a participação de alguns rostos conhecidos, como Josh Hartnett, Ben Foster e Danny Huston, temos um longa retratando os chupassangue de forma bestial, tanto na aparência quanto no comportamento, repleto de violência gráfica, momentos de grande tensão e de confrontos inevitáveis em busca da sobrevivência. 30 Dias de Noite pode não ter questionamentos filosóficos sobre ser imortal ou ter que matar para viver, mas ainda assim vai te deixar preso na tela.
– Spring Breakers: Garotas Perigosas (Spring Breaker), de 2012, dirigido por Harmony Korine
https://www.youtube.com/watch?v=2GHiXiD1-AQ
Sempre que o logo da produtora A24 aparece em um trailer já é motivo suficiente para que ganhe 100% da minha atenção. Estamos falando de uma máquina de produzir obras de baixo custo orçamentário, com distribuição limitada e recheada de grandes nomes entregando atuações belíssimas e que, vez ou outra, recebe indicações ao Oscar. São mais de 80 longas produzidos desde 2012 com as mais diversas temáticas.
A bola da vez é o subestimado Spring Breakers: Garotas Perigosas, estrelado James Franco e Selena Gomez. Nele acompanhamos a história de 4 amigas que vão para aquelas cidades de veraneio nos EUA onde a vida se resume a sexo e drogas por uma semana. Depois de serem presas, nossas protagonistas são libertadas após o pagamento da fiança por um traficante local, que as seduz com um estilo de vida supérfluo, recheado de prazeres mundanos. A partir daí vemos que para sustentar essa vida é preciso certos sacrifícios e embarcamos numa viagem repleta de violência e choque de realidade.
Além de contar com uma fotografia com tons fortes e envolvente e uma boa atuação de James Franco, Spring Breakers vai te mostrar que, depois que você volta do feriadão, a cidade que você visitou ganha contornos obscuros.
– O Homem Irracional (Irrational Man), de 2015, dirigido por Woody Allen
O Homem Irracional conta a história do professor de filosofia Abe Lucas, um ser com passado trágico, que não enxerga mais sentido na vida e exibe comportamento autodestrutivo. Após conhecer Jill, uma brilhante estudante, Abe, em um evento completamente casual, reencontra sua paixão por viver em um evento moralmente questionável. Repleto de diálogos existencialistas, filosofias de bar e de sala de aula, vemos o embate da teoria do pensamento e a sua prática no mundo real em um roteiro que abraça a metalinguagem. Esse é um filme leve sobre temas pesados, agradável de acompanhar e que, estranhamente, te faz questionar eventos nada ambíguos sob uma nova perspectiva.
Agora me responda. Como um filme de Woody Allen, protagonizado por Joaquin Phoenix e Emma Stone consegue passar despercebido?
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