Garimpo Netflix #24: Viagem no Tempo

O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.


Imagine o mar de possibilidades em suas mãos se você pudesse voltar no tempo. O que você faria para mudar o mundo e a sua vida portando informações privilegiadas sobre o futuro? O cinema explora incansavelmente essa temática das mais variadas formas possíveis, indo desde clássicos como “De Volta para o Futuro” e “Exterminador do Futuro”, passando por filmes mais obscuros como os ótimos “Camisa de Força” e “Donnie Darko”.

Com uma abordagem não tão clássica, apresentamos hoje 3 longas que vão te levar numa viagem pelo tempo por razões que variam do pessoal ao global. Temos para todos os gostos, com objetos, consciência e pessoas indo e vindo no tempo em diversas escalas, em filmes que flertam com os mais variados gêneros.

Não deixe de dizer nos comentários seus filmes favoritos sobre a temática!


A Casa do Lago (The Lake House), de 2006, dirigido por Alejandro Agresti.

A Casa do Lago se apoia numa premissa angustiante. Imagine se fosse possível se comunicar pela caixa do correio da sua casa com uma pessoa que viveu/viverá ali 2 anos antes/depois de você. Esse é o caso de Alex Wyler (Keanu Reeves) e Kate Forster (Sandra Bullock), dois estranhos que compartilham de forma atemporal a mesma residência. O roteiro explora algumas questões muito pertinentes a respeito desse relacionamento a distância(?). Se quem está no passado sabe que no futuro próximo terá alguém que quer te conhecer, por que não procurá-la naquele momento? E se o tempo é linear, como a pessoa do futuro não recebeu nenhuma visita nesses 2 anos da pessoa do passado?

E é em cima dessas questões que dramas pessoais vão se desenrolar através de rompimentos, de brigas, do sentimento de solidão e (des)encontros. Não é aquele filme que te surpreende com um final arrebatador resolvendo paradoxos temporais, mas certamente ele te arrastará por momentos introspectivos e te fará olhar de forma mais especial para as pessoas que importam em sua vida.

Questão de Tempo (About Time), de 2013, dirigido por Richard Curtis.

Sabe quando você reage de tal forma numa determinada situação e depois a noite em casa pensa “porra… devia ter falado aquilo em vez do que falei” e fica aquele desejo de dar um dedo para voltar no tempo e reviver aquele momento? É exatamente essa a premissa que cerca o longa Questão de Tempo. Tim (Domhnall Gleeson) descobre que todos os homens de sua família podem voltar para qualquer época de suas vidas apenas se focando nela dentro de um ambiente escuro. Com isso, nosso protagonista inicia sua jornada para conquistar a garota dos seus sonhos, Mary (Rachel McAdams), através da tentativa e erro que seu poder hereditário permite.

Contudo, alertado por seu pai, Tim tem que lidar com o efeito borboleta ao mudar eventos já muito afastados do presente, criando situações que vão de trágicas à cômicas. Ao explorar momentos corriqueiros e traumas profundos do passado, Questão de Tempo celebra o presente e o quanto cada interação nossa com quem amamos marcam uma vida para sempre.

Os 12 Macacos (Twelve Monkeys), de 1995, dirigido por Terry Gilliam

Indicado a dois Oscars em 1996 – incluindo de melhor ator coadjuvante para Brad Pitt -, Os 12 Macacos é uma clássico do sci-fi (e do Cinema) meio esquecido pelas novas gerações. Nele acompanhamos James Cole (Bruce Willis), um prisioneiro no futuro, voltando no tempo para tentar descobrir como um vírus mortal que arrasou a humanidade será espalhada pelo grupo terrorista Exército dos Doze Macacos.

Porém, sem controle preciso da época que é enviado, James inicia um longo processo de causalidade temporal que fará sua cabeça dar um certo nó, mas apresentando um final tão bom quanto é explicativo. Apesar de não poder explorar mais de sua trama sob o risco de dar spoilers, temos cenas em um manicômio (ou centro de viajantes no tempo?) com um Brad Pitt completamente perturbado que por si só já vale o tempo investido.

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