Garimpo Netflix #27: Terror vol.3
O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.
O gênero do terror é um queridinho aqui do MetaFictions, sempre presente em críticas semanais que vão desde badaladas franquias como “Alien” e “Annabelle“, até os longas indonésios ruins e amados de Rocky Soraya. Durante a curta vida do site, além de cobrir as estreias, nós já indicamos em nosso garimpo nada menos que 24 filmes do gênero, todos com os links ao final dessa introdução.
Para o nosso Vol.3 de terror, separamos obras distintas, mas que têm como fio condutor a profunda e forte relação entre membros da mesma família, além, claro, de despertarem um cagaço fodido em quem assiste. Sem mais delongas, divirtam-se!
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– Mama, de 2013, dirigido por Andy Muschietti
Mama tem em seu material de divulgação aquela clássica malandragem de alavancar a obra de um desconhecido a partir do nome de alguém estabelecido na indústria. No caso em questão, o uso do nome de Guilhermo Del Toro, que aqui é um dos produtores. O que geralmente acaba por ser uma experiência frustrante, tornou-se o melhor emprego de uma referência audiovisual sem envolvimento na parte criativa. A sensação de assistir Mama, por diversas características, se assemelhou ao de assistir qualquer bom filme de Del Toro.
Acompanhamos o caso de adoção de duas meninas que viveram sozinhas na floresta por 5 anos pelo seu tio e namorada. Contudo, essa família recém-formada, além dos desafios da criação de crianças profundamente traumatizadas, precisa lidar com uma entidade que tem uma forte relação com as meninas. Com cenas muito bem filmadas e cenários extraordinariamente concebidos, Mama te reserva sustos tanto com os famosos jumpscares, como com quebras de expectativas de elementos clássicos dentro do gênero.
Destaque para as belas atuações Jessica Chastain e Nikolaj Coster-Waldau, que à época ainda lutavam para afirmar seus nomes no mainstream.
– Quando as Luzes se Apagam (Lights Out), de 2016, dirigido por David F. Sandberg
Inspirado no curta-metragem homônimo (confira abaixo), Quando as Luzes se Apagam foi uma agradável surpresa extraída de uma ideia muito simples. Estamos diante de um longa que brinca com nosso medo primordial, a escuridão. Desde muito pequenos, nosso instinto primata nos diz que a noite é perigosa e que devemos sempre ficar alertas aos perigos que espreitam os cantos escuros da nossa visão periférica. E é usando essa premissa sensorial – que aqui funciona em simbiose com a edição de som – que somos carregados por noites adentro na vida de Rebecca, uma adolescente que passa a ser assombrada por uma entidade.
Sob a pena de dar spoiler, apenas posso comentar sobre como o longa amarra todas as pontas soltas em um final muito além dos clichês do terror, sendo um dos desfechos mais interessantes nos últimos anos no gênero. Toda a tensão criada com os ciclos de dia e noite, que causam angústia profunda conforme o Sol ruma à oeste, e efeitos que te trazem à tona seus medos mais profundos de infância, fazem de Quando as Luzes se Apagam um longa a ser apreciado.
Mas por favor, assista esse filme apenas com a luz da sua tv em toda sua casa.
– Apóstolo (Apostle), de 2018, dirigido por Gareth Evans
Presente em nosso Top 10 – Melhores Filmes de 2018, Apóstolo é um longa visceral e que te sufoca em uma atmosfera opressora e paranoica. Seguimos com Thomas (Dan Stevens) indo para uma ilha remota em busca de sua irmã que aderiu à um culto religioso. Uma vez lá, começa a cair o véu que cobre a face macabra e sobrenatural que cerca os habitantes e a que o culto se submete. Com cenas de violência brutais e muito gráficas, esse longa original NETFLIX é um dos mais honestos na execução de sua premissa dentro do horror e entrega sem sombra de dúvida momentos angustiantes que ficarão marcados em sua mente por muito tempo.
Para maiores detalhes, confira a crítica em sua íntegra!
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