Garimpo Netflix #28: Sci Fi vol. 4

O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana 3 bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.


Hoje vamos trazer a vocês novamente mais boas obras de ficção científica disponíveis na Netflix, que cada vez mais vem investindo nesse filão, seja com obras originais, seja ao adquirir clássicos do cinema independente do gênero. Hoje temos três longas bem diferentes entre si, mas que têm como ponto convergente um pano de fundo de ciência tão absurda que pode até mesmo ser confundida com fantasia (e já abordamos aqui o quanto esses dois gêneros têm em comum).

Não deixem de conferir também os nosso garimpos anteriores com esse tema, mas também não sejam paus no cu de reclamar que os filmes dos garimpos anteriores não estão mais disponíveis na Netflix. Divirtam-se!

Garimpo Netflix: Sci-Fi
Garimpo Netflix: Sci-Fi 2
Garimpo Netflix: Sci-Fi 3
Top 10 – Filmes de Ficção Científica
Garimpo Netflix: Fantasia


– Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau), de 2011, dirigido por George Nolfi

Um homem e uma mulher se encontram casualmente e das faíscas que saem desse encontro surge um grande amor. É uma história mais antiga que a posição de cagar, mas que em Os Agentes do Destino assume novos ares porque várias perguntas são feitas. E se esses dois não se esbarrassem? O que seria da vida deles um sem o outro? O que seria do mundo? Para responder essa pergunta, há uma entidade acima do bem e do mal, acima do tempo, do espaço e da existência, o tal Adjustment Bureau do título original, uma espécie de agência que cuida para que as pessoas sigam seu destino e não desviem dele por motivo nenhum.

Baseado na sempre inspiradora e genial obra de Phillip K. Dick (responsável por clássicos como “Blade Runner” e “Vingador do Futuro”, dentre muitos outros), aqui temos Matt Damon como um político promissor que tenta exercitar seu livre arbítrio por meio da atração louca que sente pela dançarina interpretada por Emily Blunt. Os Agentes do Destino se vale de um fundo absurdo de ficção científica para apresentar um grande ensaio sobre o livre arbítrio e relações humanas em um dos filmes mais subestimados presentes na plataforma.

– Redline, de 2009, dirigido por Takeshi Koike

O ano é sei lá qual, a galáxia eu não faço ideia e nada disso faz a menor diferença. Redline é um longa animado japonês que precisa ser visto com um olhar quase que puramente estético em frames de uma beleza, psicodelia e maluquice absolutas que só poderiam ser possíveis em animações, remetendo muito a clássicos como “Heavy Metal” tanto na estética quanto na escolha por não poupar o espectador de cenas de sexo e violência extrema.

A história só serve mesmo como desculpa pra série de imagens atordoantes que vão pipocar na sua tela, inclusive acho que seria de bom tom a Netflix botar um aviso antes da exibição desse longa de que as imagens podem causar convulsões em pessoas com epilepsia. É muita cor, muita luz piscando e muita doideira num filme cujo arremedo de história coloca o piloto de corrida JP na final da mais famosa e perigosa corrida de carros da galáxia. Para piorar, dessa vez a corrida será realizada em um planeta que poderá deflagrar uma guerra interplanetária, bem como uma revolução das máquinas e, puta que o pariu, é melhor eu parar por aqui porque é realmente uma confusão do caralho. Se você curtir carros, animação e pouco mais de uma hora e meia de pura psicodelia, Redline é perfeito, ainda que um tanto longo demais.

– Cubo (Cube), de 1997, dirigido por Vincenzo Natali

Antes de falar qualquer coisa, eu rogo a todos que não procurem nada sobre esse filme na internet, não vejam trailer e tampouco leiam qualquer sinopse. Cubo é simplesmente um dos maiores clássicos do cinema independente e de guerrilha da história, provando mais uma vez que uma boa e bem contada história vale muito mais do que trocentos milhões jogados em sua produção. Custando só uns 300 mil dólares e tendo sido, pelo menos aqui no Brasil, lançado direto em VHS (se você não sabe o que é VHS, te vira, amizade), Cubo conta a história de 6 indivíduos de personalidades completamente diferentes que simplesmente amanhecem em um cubo sem saber exatamente como chegaram ali. Eles então tentam se mover de cubo em cubo e entender o que está acontecendo, sendo que cada cubo é uma potencial armadilha fatal.

É uma história simples e cujo mote veio a ser copiado em vários filmes com tramas parecidas, mas Cubo oferece um ensaio sobre a condição humana ao mesmo tempo que coloca o espectador em tensão constante e com aquela sensação de “que caralhos está acontecendo?” o tempo todo. Em se conseguindo relevar algumas atuações ruins e efeitos especiais datadíssimos (é um filme feito sem dinheiro há mais de 20 anos), Cubo ainda é um puta filme.

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