Crítica: The A List - 1a Temporada

Ilhas esquisitas e acampamentos de verão parecem formar a combinação perfeita para um sucesso de público. É possível nomear inúmeros exemplos, a começar por “Lost” ao clássico do terror “Sexta-Feira 13”. Os fatores apresentados não se encontram juntos nos exemplos, mas vocês pegaram a visão. A Netflix entrou em parceria com a BBC e lançou o drama sobrenatural adolescente The A List, o mais novo espetáculo de clichês das emissoras.

Nas férias de verão, Mia (Lisa Ambalavanar) e vários outros jovens são enviados ao acampamento de Peregrine Island para o melhor verão de todos. A garota acha que, chegando lá, vai ser a rainha da cocada, ter uma pessoa de pouco intelecto para bajulá-la e um boy/potencial peguete para ser seu rei, mas a chegada da misteriosa Amber (Ellie Duckles) e uma série de acontecimentos “sobrenaturais” transformam o feriado ideal em férias frustradas. Isso é o bastante para fazer o espectador curioso desistir dessa enorme emboscada, e foi bem difícil encontrar algo positivo nesse trapo.

“ACORDA, PORRA!!”

O conjunto de 13 episódios foi o comprimido mais difícil que engoli este ano, mas, felizmente, a duração de cada um não ultrapassa 30 minutos. Se não fosse por isso (e porque me comprometi a assistir, hehehe), teria largado já no primeiro, porém, fui guerreira e aguentei até o fim. As atuações são uma piada e, além de provocar MUITA vergonha alheia, resultam em personagens nem um pouco envolventes, carismáticos, que acabam sendo extremamente rasos. O roteiro também não ajuda, já que forma uma mistura não-homogênea de “Lost” e “Pretty Little Liars”, plot twists aleatórios brotam do meio do nada, é dolorosamente mal construído, infantil e perpetua estereótipos que todos nós estamos cansados de aturar, a não ser se constituíssem uma sátira humorística ou crítica social. E sem falar no cliffhanger horroroso… Além disso, ele “consolida” tradições heteronormativas extremamente retrógradas e a dinâmica “Clube da Luluzinha vs Clube do Bolinha”. Pelo amor do progresso, estamos em 2019!

Cheirinho de série ruim!

No final de tudo, a série faz outros seriados adolescentes parecem dignos de Emmys e deve sem dúvida entra na lista das piores do ano. Então, leitor paciente, assim como os hóspedes de Peregrine Island, fuja enquanto ainda pode!

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