Crítica: Malévola: Dona do Mal (Maleficent: Mistress of Evil)

O conceito de “família” é extremamente relativo e, por mais batido que pareça, algumas vezes a Disney nos ensinou que essa estrutura nem sempre é composta por quem te cria, mas por quem você escolhe. Nesse novo capítulo de uma das vilãs mais queridas da Disney, Malévola: Dona do Mal nos mostra que aquelas tretas no natal da família também se aplicam ao maravilhoso mundo do camundongo alegre, além de entregar uma sequência tão boa quanto seu antecessor.

Cinco anos após os eventos do último filme, Aurora (Elle Fanning) já está estabelecida como rainha dos Moors e tudo parece correr normalmente, até o comportamento “excêntrico” de sua madrinha, a tal da Malévola (Angelina Jolie). Entra em cena Phillip (Harris Dickinson), príncipe do reino vizinho, e pede a mão da ex-Bela Adormecida em casamento, alegrando quaaaase todo mundo no reino dos Moors. Com a união de dois povos prestes a se consolidar, chega a hora de suas líderes se encontrarem, ou seja, Aurora finalmente conhecerá sua sogra, a Rainha Ingrith. Não preciso dizer que a chinela começa a cantar a partir desse único momento, mas apesar disso e alguns pontos fracos, é um filme envolvente que até homenageia o clássico em seu aniversário de 60 anos e mostra que as aparências enganam.

“AAAAAAIIIIII NOOOOOU IUUUUUU! AI UOLKED UIF IU UANCE APON A DRIM!!”

Assim como o primeiro filme, este não é perfeito e apresenta uns leves defeitos. Apesar do roteiro desconstruir a narrativa que conhecemos mais uma vez e abordar temas importantes e atuais, como empoderamento feminino e a fluidez dentro das dinâmicas familiares, ele não escapa da pieguice. Outra coisa que me encheu a paciência provavelmente vai fazer com que os leitores queiram me matar: as fadas. Não me levem a mal. Eu gosto delas! Mas 70% de sua participação não fazia nada além de encher linguiça. Ainda bem que os outros 30% compensaram, e muito.

“Hoje não tem Netflix pra você, mocinha!”

Começando pela própria dona do mal, Angelina Jolie! Quem falar que ela não era a escolha perfeita pra esse papel merece dormir por 1000 anos… Nessa etapa, Jolie deixa Malévola ainda mais ácida, engraçada e traz uma carga dramática ainda maior pra personagem. Simplesmente arrasou! Deixando de ser uma mocinha ingênua e virando uma mulher forte e semi-independente (vocês verão porque), Elle Fanning dá vida à uma Aurora muito mais madura e com certeza de suas escolhas, além de percebemos, também, uma evolução da própria Fanning.

Sabe aquela sogrona que você dá de cara e já quer matar? Michelle Pfeiffer. Impossível não sentir ódio dela, o que é ótimo, pois mostra que ela fez um trabalho bom e que você vai ficar intimidado com aquele olhar penetrante que vê até a parte mais sombria da sua alma. Algo que todo mundo pensou ao ver os trailers deve ter sido “Mano, o Phillip agora é outro!” Pois é. Fiquei satisfeita com essa troca. Nada contra Brenton Thwaites (o primeiro Phillip, que não pôde reprisar o papel por causa de sua participação na série “Titãs”), mas Harris Dickinson faz algo a mais com Phillip, além de uma participação aumentada. Faz um homem justo, apaixonado e que jamais sai do lado de seu amor. Além disso, QUE HOMEM MARAVILHOSOOO! MEODEOSDOCÉU!

“CHEGUEI”

O fato de ter muito mais ação que o filme anterior pode atrair um público considerável e até atrair mais fãs, especialmente por ter algumas referências à animação original. Não sou supersticiosa, mas o povo que achou o primeiro filme meh e assistir à sequência vai morder a língua até cair.

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