Crítica: Judy - Muito Além do Arco-Íris (Judy)
Dizem que a luz de uma estrela continua a ser emitida (ou “brilhar”) mesmo muito anos depois de sua morte. Sem dúvidas, este é o caso da atriz e cantora Judy Garland, falecida em 1969 aos 47 anos. No filme Judy – Muito Além do Arco-Íris, indicado a dois Oscars, o público acompanha de forma básica, porém emocionante em certos pontos, a última vez que em a lenda brilhou em vida.
Inspirado na peça “End of the Rainbow”, de Peter Quilter, acompanhamos a estadia de Judy Garland (Renée Zellweger) em Londres, onde fará uma série de concertos durante seus últimos meses de vida. Também são explorados momentos de sua vida pessoal desassossegada e sua adolescência nos estúdios MGM, responsável por lançar a carreira de Judy em clássicos como “O Mágico de Oz”. Sua vida é recheada de altos e baixos marcantes que, infelizmente, não são bem desenvolvidos no geral, mas a absurda performance de Renée Zellweger te prende até o final e mostra porque é a favorita ao prêmio de Melhor Atriz.
Os pontos fracos do longa estão concentrados no roteiro insosso de Tom Edge. Apesar de ter a aclamada peça de Quilter como base, Edge decepciona ao traduzir aspectos fundamentais da vida de Garland e não explora profundamente seus relacionamentos dentro e fora da família, entregando um material de maior apelo a fãs devotos da atriz do que à plateia como um todo. Mesmo assim, tudo vale a pena graças à performance inacreditável de Renée Zellweger, que carrega o filme pelas costas. Um forte comprometimento ao papel é evidenciado além da caracterização, desde a maneira em que “replica” os trejeitos de Judy à forma como canta (e se você já assistiu a “Chicago”, sabe que Zellweger canta muito).
Caso não seja familiarizado com a vida e carreira de Garland, sugiro que leia um pouco sobre ou veja a minissérie “Life with Judy Garland: Me & My Shadows” se quiser ter um olhar mais detalhado do assunto. Caso seja, assista sem preocupações. Não é uma biografia excelente, mas poderá te emocionar.
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