Garimpo Netflix #72: Terror vol.4
O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana 3 bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.
Em época de quarentena, nada melhor do que algumas sugestões de como podemos utilizar esse tempo que parece não passar. E para combinar com esse período sombrio que estamos vivendo, nada como uma seleção de obras de terror que não chegam a ser, ou não, tão assustadores quanto a nossa realidade. Hoje apresentaremos uma adaptação de um dos mestres do terror, nosso amado Stephen King, uma obra repleta de mistério e terror psicológico, além de um anime que eleva o mais clássico body horror ao ponto da maestria.
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– Parasyte: The Maxim (Kiseijuu: Sei no Kakuritsu), de 2014/2015, 1 Temporada, dirigido por Shuuhei Yabuta e Kenichi Shimizu
Já na vibe de uma pandemia, temos o novo lançamento da Netflix – mas já rodado no círculo otaku -, o anime “Parasyte: The Maxim”. Apesar de não ser um anime novo, ele conquistou recentemente o top 10 da Netflix, mostrando que é uma obra acessível a todos os públicos. Iniciando com uma invasão de parasitas alienígenas à Terra tomando corpos humanos e criando uma onda de assassinatos e canibalismo no mais belo estilo “O Enigma do Outro Mundo” (The Thing), conhecemos um parasita que não consegue invadir o corpo de seu hospedeiro de forma apropriada, ficando preso na mão do protagonista Izumi Shinichi, criando consciência própria. Começa aqui uma parceria que buscará a sobrevivência a qualquer custo e que nos levará a diversos momentos de tensão.
Parasyte deixaria nosso amigo Cronenberg orgulhoso de seu legado, pois é pura violência e body horror, que já na primeira cena estabelece o tom da obra. Além disso, a série entra em questões mais filosóficas dessa convivência entre parasitas e humanos, indo desde a discussão de consumo de carne, passando pela empatia com outros seres e chegando a discutir até a soberba humana em relação ao seu meio.
– Campo do Medo (In the Tall Grass), de 2019, dirigido por Vincenzo Natali
Quando um filme adapta uma obra Stephen King você já pode esperar 2 coisas: muita tensão e maluquices do caralho. Campo do Medo nos coloca num cenário que por si só já é muito assustador e batido no gênero, uma rodovia no meio do nada só com mato alto a perder de vista. Em uma rápida parada à beira da estrada, dois irmãos ouvem gritos de socorro dentro desse campo de grama alta e revolvem investigar, dando início à uma saga para achar a saída desse campo sem fim. Jogando com sensações desconfortáveis, como a claustrofobia e insegurança, e pensando um tanto fora do padrão para a indústria no que tange a dar respostas fáceis, temos um filme que joga o tempo todo com a linearidade da história e uma fotografia feita para causar um belo de um cagaço.
Confira a crítica na íntegra aqui.
– The Perfection, de 2018, dirigido por Richard Shepard
Entrando em um terror mais psicológico, temos uma obra que passou batida pelo catálogo da Netflix ano passado, The Perfection. Sendo mais conhecido pelo seu trabalho na tv, Richard Shepard se faz em cima de nuances, olhares e pequenos detalhes que constroem lentamente uma narrativa e um plot twist digno dos áureos anos de M. Night Shyamalan. Aqui acompanhamos duas prodígios da música erudita de diferentes gerações numa relação perturbadora que envolve o conservatório musical onde elas se revelam ao mundo. Com temática e cenas muito fortes, o longa brilha – assim como a música clássica – na harmonia de suas partes, com um ritmo crescente e sereno, até chegar em um final arrebatador e estrondoso.
Confira a crítica na íntegra aqui.
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