Garimpo Amazon Prime Video #10: Ficção Científica

O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana 3 bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.


Voltando hoje à Amazon Prime Video, vamos hoje celebrar um gênero já muito indicado na versão Netflix do Garimpo: a ficção científica. Como todo mundo que assina a Amazon já deve estar sabendo, a quantidade de filmes B desse gênero no catálogo é espantosa. Em suma, tem MUITA, mas MUITA bosta por lá. Contudo, algumas obras se sobressaem, de modo que conseguimos aqui juntar 3 excelentes filmes Sci-Fi, que, embora do mesmo gênero, são completamente diferentes um do outro.

Sem maiores delongas, vamos a eles.


– A Vastidão da Noite (The Vast of Night), de 2019, dirigido por Andrew Patterson

Roteirizado e dirigido pelo ilustre desconhecido Andrew Patterson (que não tem nenhum outro crédito audiovisual em seu nome) e estrelado por um elenco de gente quase tão obscura quanto, A Vastidão da Noite é talvez o mais surpreendente dos filmes originais da Amazon no catálogo. Indo totalmente na contramão do que as credenciais que listei acima indicariam, o filme é uma realização praticamente perfeita em todos os aspectos técnicos exigidos para a produção cinematográfica, com roteiro, direção, atuações e cinematografia que não condizem em nada com a inexperiência de toda a equipe.

Passado nos anos 50 em alguma cidadezinha daquelas que estamos cansados de ver no interior do Novo México, acompanhamos quase que em tempo real a descoberta e investigação pelo radialista e pela telefonista do bucólico vilarejo de algo que poderá alterar o tecido da realidade em que vivemos. É um filme da mais pura ficção científica, trazendo ainda um elemento nostálgico de uma época de ouro do gênero que funciona perfeitamente no formato de thriller que, acertadamente, foi escolhido. É obrigatório para os fãs do gênero e uma grata surpresa.

– Serenity, de 2005, dirigido por Joss Whedon

Antes de ser alçado à fama mundial com Vingadores, o diretor, roteirista e produtor Joss Whedon já era bem conhecido da galera nerd como o criador de “Buffy: A Caça-Vampiros” e , principalmente, do seriado “Firefly”. Apesar de ter tido somente uma temporada em uma época em que ser nerd ainda não era cool, “Firefly” fez um sucesso estrondoso no meio dessa galera ao mostrar as aventuras espaciais do capitão Malcom Reynolds e sua tripulação 500 anos no futuro, numa era em que casas rivais brigam pelo controle da galáxia. Tinha-se ali, portanto, uma puta premissa para um seriado de 800 temporadas, mas o sucesso ficou só com a nerdalhada e a produção durou só uma temporada.

Após 3 anos de muita insistência dos fãs, Whedon recebeu o sinal verde para Serenity, um filme de ação e aventura espacial que oferece, com a competência pela qual a grife Whedon ficou conhecida, 2 horas de tudo aquilo que quem curte ficção científica num cenário de aventura curte. Whedon traz aqui uma obra que cumpre tudo que propõe cumprir e faz isso sem que seja necessário ter qualquer conhecimento prévio de Firefly. É diversão de qualidade e garantida. 

– Sob a Pele (Under the Skin), de 2013, dirigido por Jonathan Glazer

Sob a Pele definitivamente não é um filme para qualquer um. É lento, sombrio, misterioso e cheio de simbologia. O tipo do filme que a pessoa ama ou odeia, que divide os seres humanos entre os que acham chato e os que reclamam destes dizendo “você que não entendeu, seu animal!” A verdade é que se trata de uma obra contemplativa, na qual a imagem fala tanto quanto as palavras, com uma cinematografia exuberante e uma narrativa que traz Scarlett Johansson na pele de um ser que seduz pessoas nas estradas da Escócia por algum motivo ignorado.

E é isso. A partir daqui os questionamentos aparecerão dentro de você, algumas respostas serão dadas, outras inferidas e com isso vai se desnudando um dos grandes filmes de ficção científica da história recente do Cinema, tanto que foi votado em nosso Top 10 – Filmes de Aliens. Dê uma chance, entregue-se ao filme e testemunhe a verdadeira arte.

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