Garimpo Netflix #82

O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana 3 bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.

Olá, caro amigo MetaFictioner. Hoje vamos mergulhar de cabeça na heterogeneidade do catálogo da nossa querida Netflix. Começaremos com um filme bem pipocão indicado ao Oscar em algumas categorias e recheado de grandes atores, teremos um anime maravilhoso e que mexe com temáticas que o pessoal aqui da redação adora – assassinos em série e viagem no tempo – e finalizaremos com um longa francês até a alma.

Aproveitem!

– Em Ritmo de Fuga (Baby Driver), de 2017, dirigido por Edgar Wright.

Em Ritmo de Fuga é o filme perfeito para você sentar e relaxar sem ter que pensar muito no que está vendo. Temos uma premissa muito básica e batida, com um grupo de ladrões praticando assaltos bem planejados e escapando da polícia quando a coisa fica feia. O que temos aqui como diferencial é a qualidade técnica da obra no que tange ao uso e mixagem dos sons e trilha sonora, encaixadas perfeitamente com uma edição primorosa, rendendo 3 indicações os Oscar 2018. Além disso, o filme possui uma leveza e diverte em um grau característico da direção de Edgar Wright, que assina belos trabalhos como “Scott Pilgrim Contra o Mundo” e “Todo Mundo Quase Morto”.

Confira a crítica na íntegra clicando aqui.

– Erased (Boku dake ga inai machi), de 2016, criado por Kei Sanbe.

Erased conta a história de Satoru Fujinuma, um jovem que faz curtas viagens no tempo pro passado, sem qualquer controle de quando e por quanto tempo. Geralmente ele volta alguns minutos ou horas para tentar mudar o rumo de algum acontecimento importante que irá impactar negativamente a vida de alguém. Como se o universo desse a ele a oportunidade de dar uma 2ª chance a terceiros. Eis que num dia como qualquer outro, Satoru embarca numa viagem do tempo, mas dessa vez para um passado distante, 18 anos atrás, para resolver um homicídio, um desaparecimento e libertar uma pessoa inocente. Tudo isso em seu corpo de criança de 11 aninhos, mas com as suas memórias e experiências do alto dos seus 29 anos.

Sem poder dar qualquer outra informação adicional aqui – que te roubaria as belas surpresas que te esperam em um dos melhores animes da década – não deixe de conferir essa obra fantástica.

– Clímax (Climax), de 2018, dirigido por Gaspar Noé

Meu amigo… assista 10 minutos desse filme. Caso você curta o que está vendo, prepare-se para uma experiência fantástica, mas, caso não goste, pode parar o filme aí. Estamos diante de um longa dirigido Gaspar Noé, que tem seus dedinhos em “Irreversível” e “Viagem Alucinante”. Dito isso, espere por uma narrativa não muito ortodoxa, mas uma firmeza grande na condução dos atores em cenas nada mais nada menos que espetaculares. Você acompanhará a história de um grupo de dança ensaiando num galpão nos arredores de Paris e emendando numa confraternização básica. Contudo, a bebida ingerida está batizada com todas as drogas do mundo, causando uma série de eventos perturbadores.

Filmando em apenas 15 dias, com planos longos, diálogos improvisados, protagonizado pela atriz/dançarina/modelo Sofia Boutella e contando com cenas fortíssimas, Clímax só seria mais francês se todo mundo tivesse um croissant nas mãos.