Garimpo Netflix #86

O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana 3 bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.


Nosso Garimpo Netflix dessa semana vem, como sempre, prestar aquele serviço de curadoria marota para você que está cansado de passar mais tempo escolhendo o que assistir do que de fato assistindo alguma coisa.

Fiquem com nossas indicações e deixem suas impressões nos comentários!


– O Crime do Padre Amaro (El Crimen del Padre Amaro), de 2002, dirigido por Carlos Carrera

https://www.youtube.com/watch?v=HPTFQ5judCg

Essa obra, baseada no romance do grande escritor português Eça de Queiroz , causou rebuliço no México quando foi lançada.

Conta a história do Padre Amaro (Gael Garcia Bernal) enviado a uma província para substituir o clérigo local. Uma vez estabelecido, Amaro não pode deixar de notar a estonteante beleza de Amélia (Ana Claudia Talacón). O restante, apesar de previsível, é muito bem construído dramaticamente. Esse não é um filme que diz que os padres são ruins, mas nos lembra que sacerdotes são humanos e alguns humanos podem sim ser muito ruins.

– O Primeiro Mentiroso (The Invention Of Lying), de 2009, dirigido por Ricky Gervais e Matthew Robinson

Este filme nos traz o excelente Ricky Gervais como realizador e protagonista. Aqui, temos contato com uma realidade alternativa onde o conceito da mentira simplesmente não existe, até que o protagonista, numa prosaica tarde na fila de um banco, tem um ideia simples e revolucionária: pedir à caixa para sacar um valor quase três maior do que seu saldo em conta. Bingo! A Mentira, a mãe de todos os males, tem sua estreia.

No entanto, com um humor rasgado, muitas vezes apelando para a hipérbole, Gervais nos sugere que talvez as mentiras tenham um papel bastante importante em nossa sociedade. Vale a pena assistir!

– Ninguém Sabe Que Estou Aqui (Nobody Knows I´m Here), de 2020, dirigido por Gaspar Antillo

O filme de estreia do diretor chileno Gaspar Antillo agrada em cheio. Com um ritmo que pode ser considerado arrastado por muitos (mas que imprime uma força narrativa à obra), conta a história do recluso Memo, interpretado como uma estrela pop infantil por Lukas Vergara e um criador de ovelhas adulto pelo excelente Jorge Garcia, eternamente em nossos corações em mentes como o Hurley (Hugo) de Lost.

Isolado em uma fazenda acessível apenas por barco, Memo se mantém escondido e quieto, expondo-se apenas a seu tio (Luis Gnecco) e seu fornecedor, cuja sobrinha (Millaray Lobos) aos poucos vai tecendo laços com ele, fazendo-o ser visto e, principalmente, ouvido mais apropriadamente.

Denso e muito bem atuado, esse filme merece sua atenção!

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