As Obras Mais Bem Avaliadas de 2020

Num ano desgraçado, morfético, lazarento, infeliz e nefasto para toda a população mundial que não se chama Jeff Bezos e mais uma meia dúzia, a arte nunca foi tão importante. Mas como consumi-la em tempos de pandemia? Felizmente, com o famoso advento da internet, são muitas as ofertas de boas obras do audiovisual pipocando nas mais diversas plataformas, o que, quero acreditar, ajudou muita gente a manter a sanidade, assim como me ajudou.

Todo ano a nossa listagem inclui as obras que receberam a nota máxima do site – cinco claquetes -, mas este ano, devido a escassez de grandes lançamentos em função da pandemia, incluímos também algumas obras que receberam a segunda nota mais alta pra dar um pouco mais de recheio ao rol das grandes obras do ano e que foram resenhadas pela nossa equipe. Cabe lembrar que semana que vem lançaremos o Top 10 oficial do ano, contando com a votação de todos os colaboradores do MetaFictions e valendo absolutamente tudo que foi lançado entre 1º de janeiro e 31 de dezembro.

Sem maiores delongas, vamos à lista, mas não deixem de conferir abaixo também as listagens dos anos anteriores!

Os Filmes Mais Bem Avaliados de 2017 do MetaFictions
As Obras Mais Bem Avaliadas de 2018
As Obras Mais Bem Avaliadas de 2019


O Farol (The Lighthouse), dirigido por Robert Eggers, lançado nos cinemas em 2 de janeiro de 2020

https://www.youtube.com/watch?v=rwExUiQzCD0

“Seja lá qual for a maneira como você irá interpretar os ocorridos do filme, com um olhar mitológico, ou de um ponto de vista lovecraftiano, ou de uma maneira filosófica, acredito que todos podem concordar que, a simplicidade – a história de dois faroleiros presos em uma ilha – basta para fazer um filme verdadeiramente especial, fazendo esse humilde amante de cinema remar até aquela pequena ilha no meio do gigantesco mar coberto por uma sombria névoa e me encantar com a luz no meio da escuridão.”
Por Gabriel Eskenazi em crítica publicada em 3 de janeiro

Frozen 2, dirigido por Chris Buck e Jennifer Lee, lançado nos cinemas em 2 de janeiro de 2020

“Preparem-se para uma avalanche de diversão (ba-dum-tss) e não esqueçam de levar a família e alguns pacotes de lencinhos. Começar 2020 em boa companhia dentro e fora das telonas será uma experiência muito agradável. O frio não vai mesmo te incomodar não só por causa do verão, como também pela satisfação calorosa que “Frozen II” lhe dará.”
Por Valentina Schmidt em crítica publicada em 4 de janeiro


Retrato de uma Jovem em Chamas (Portrait de la jeune fille en feu), dirigido por Celine Sciamma, lançado nos cinemas em 9 de janeiro de 2020

“Em cenas finais absolutamente hipnotizantes, o filme nos relembra de um privilégio. O privilégio de ouvir uma sinfonia, de ser tomada pelos tempos e variações de cada instrumento, e de ser levada pra longe e trazida de volta até que finde; e a compreensão que seu fim atesta que você escuta. E que indescritível honra é escutar quando te exigem surdo e mudo.”
Por Larissa Moreno em crítica publicada em 10 de janeiro

Adoráveis Mulheres (Little Women), dirigido por Greta Gerwig, lançado nos cinemas em 9 de janeiro de 2020

“Gerwig faz com que a narrativa de Alcott se torne atual. Subvertendo através de um ousado recurso que, ao mesmo tempo, rompe e mantém o desfecho original do livro, ela aponta um aspecto que reforça a relevância da obra ainda hoje. Adoráveis Mulheres acaba sendo uma declaração de que, seja em 1800 e tanto ou em 2020, mulheres ainda precisam gritar que, nas palavras da protagonista, elas possuem mentes, alma, ambição e talento, mais que apenas corações e beleza. É um filme forte e sensível. Simples e sofisticado.”
Por Marco Medeiros em crítica publicada em 12 de janeiro


1917, dirigido por Sam Mendes, lançado nos cinemas em 23 de janeiro de 2020

“1917 dá ao cinema o desejo de enfrentar os perigos na esperança de que o cinema seja sempre o espaço no qual contamos de nossas lágrimas, dores, feridas, mesquinharias, mas, também, o espaço que mostra que, apesar de pequeno, o homem também pode ser maior que a vida.”
Por Marco Medeiros em crítica publicada em 24 de janeiro

Castlevania – 3a temporada, criado por Warren Ellis, temporada de série original Netflix disponibilizada em 5 de março

“A continuidade e aprofundamento de personagens introduzidos na 2a temporada, como Isaac e Hector, e a introdução de novos bem complexos e interessantes, como as 3 irmãs vampiras, mostram que a série ainda tem muito o que nos oferecer. E isso que mais me surpreendeu, já que o protagonista das temporadas anteriores não estava presente. A série funciona sem Drácula. Duvida? Então confira essa belíssima obra adaptada de games que você nunca jogou.”
Por Ryan Fields em crítica publicada em 8 de março


Dois Irmãos (Onward), dirigido por Dan Scanlon, lançado nos cinemas em 9 de janeiro de 2020

“É um filme muito especial com qual tenho certeza que vocês vão se identificar também. Por mais melodramática que possa soar, a lição que aprendemos com os irmãos Lightfoot é que devemos aproveitar cada momento com nossa família, independente das circunstâncias. Enquanto começo uma nova fase da minha vida, vou saborear todo instante que passar com meus pais e irmã, as pessoas que fazem dela mágica e encantadora. Recomendo fazerem o mesmo. <3”
Por Valentina Schmidt em crítica publicada em 8 de março

Boca a Boca – 1a temporada, criado por Esmir Filho, temporada de série original Netflix disponibilizada em 17 de julho

No fim, Boca a Boca entrega uma temporada redondinha, sem pontas soltas e sem decepção. E, na cena final, ainda entrega um gancho tentador para uma potencial segunda temporada. Se a qualidade da primeira leva de episódios for quesito para a sua continuação, então, não há como não acontecer. De quebra, o Corona podia ir se divertir assistindo a esse ponto alto da nossa dramaturgia e liberar a gente no mundo real para voltar a dar uns beijos, né?”
Por Marco Medeiros em crítica publicada em 18 de julho


O Diabo de Cada Dia (The Devil All the Time), dirigido por Antonio Campos, filme original Netflix disponibilizado em 16 de setembro

“Enfim, sei que essa minha resenha talvez esteja uma bagunça. Admito. O que não é uma bagunça na minha cabeça é a razão de ser desse site. E eu posso dizer com segurança e com a propriedade de quem o fundou que é por causa de filmes como esse O Diabo de Cada Dia que o MetaFictions existe.”
Por Gustavo David em crítica publicada em 17 de setembro

O Que Ficou para Trás (His House), dirigido por Remi Weekes, filme original Netflix disponibilizado em 30 de outubro

“Se, por um lado, temos a sinopse mais comum da história do terror: um casal que vai para um lar novo em busca de recomeço e precisa, então, lutar pela sobrevivência em relação às almas penadas que o persegue; por outro temos nessa excelente obra britânica a profundidade que toda obra deveria ter. Mantendo a estrutura de terror e mesmo assim conseguindo realizar diversas denúncias urgentes e atuais, Remi Weekes, em seu primeiro longa-metragem, faz aquilo que todo filme de terror deveria fazer.”
Por Rene Vettori em crítica publicada em 1º de novembro


The Crown – 4a temporada, criada por Peter Morgan, temporada de série original Netflix disponibilizada em 15 de novembro

“Leitor Metafictions, que temporada! O requinte do texto de Peter Morgan e a excelência técnica de cada aspecto da produção já foram louvados em tudo que se escreveu acerca das temporadas anteriores e se mantêm impecáveis (na verdade, melhores até). Ainda assim, embora a qualidade já não seja surpresa, mas, sim, o que os espectadores já esperam, a série chega em 2020 conseguindo escalar novos e mais altos patamares.”
Por Marco Medeiros em crítica publicada em 16 de novembro

Mank, dirigido por David Fincher, filme original Netflix disponibilizado em 4 de dezembro

Mank é uma obra-prima. E Fincher nos entrega um daqueles filmes que nos fazem relembrar como o cinema consegue ser duro, poético, belo e muito, muito humano.”
Por Marco Medeiros em crítica publicada em 6 de dezembro


Soul, dirigido por Pete Docter, filme original Disney+ disponibilizado em 25 de dezembro

“É uma fusão de drama existencial e aventura com pitadas de comédia envolvidas num roteiro tocante, duas trilhas sonoras e uma reflexão universal, tudo perfeito para curtir com quem quiser. E sim, já revi o filme dois dias após estrear.”
Por Valentina Schmidt em crítica publicada em 27 de dezembro

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