Crítica: Mulheres Ocultas (Little Big Women)
China, país famoso por sua Grande Muralha, falta de liberdade de expressão, uma sociedade extremamente machista e outros fatores. A seu leste, temos Taiwan, uma pequena nação com liberdade de expressão e, infelizmente, uma sociedade machista, fator analisado no surpreendente Mulheres Ocultas.
A septuagenária Lin Shoying (Shu-Fang Chen) comemora seu aniversário ao lado de suas filhas – Yu (Vivian Hsu), Ching (Ying-Hsuan Hsieh) e Jiajia (Ke-Fang Sun) – e da neta Clementine (Buffy Chen). No mesmo dia, a matriarca descobre que seu marido ausente faleceu e isso desencadeia descobertas nas vidas pessoais tanto de Shoying quanto de suas filhas, além de alterar toda sua jornada até este momento.
Apesar de ser bem dirigido, atuado e escrito, é um filme parado e pouco dinâmico, mas a maneira com a qual exploram o machismo enraizado na sociedade taiwanesa, o que fica evidente no comportamento de Yu e Shoying, é bem desenvolvida. A mãe, especificamente, oscilava entre um posicionamento retrógrado e tradicional e outro progressista, complementando discussões sobre o impacto do pai ausente em suas vidas. Tudo isso ganha vida pelas ótimas atuações do quinteto formado por mãe, filhas e neta e o roteiro simples, porém bem-construído e com um plot twist sutil. Além disso, o protagonismo feminino é maravilhoso e surpreendente considerando o histórico do país. Parabéns!
Famílias se unem até nos momentos mais pesados, mas essa união pode promover incontáveis reflexões, como ocorre neste filme original da Netflix de pouco mais de duas horas. Não é um drama para todos, mas bom para ver com algum parente bem próximo.
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