Garimpo Netflix #100

O Garimpo é um quadro do MetaFictions no qual indicamos toda semana 3 bons títulos disponíveis nas maiores plataformas de streaming. Clique aqui para conferir os anteriores.


Trago-vos hoje três longas que não tem nada a ver entre si em gênero ou temática, mas que todos cumprem muito bem o objetivo principal do cinemão americano: entreter. Tem pra todo mundo hoje, tem comédia romântica água com açúcar, tem filme de terror estilizado e um legítimo longa da boa e velha ação.

Então vamos lá, sem maiores delongas, fiquem com os filmes indicados da semana.


– O Amor Não Tira Férias (The Holiday), de 2006, dirigido por Nancy Meyers

Nunca na minha vida eu imaginei que indicaria um filme da Nancy Meyers, diretora e roteirista conhecida por fazer exclusivamente comédias românticas, um gênero assolado por histórias pueris, produções genéricos e uma apelação sem fim para sensibilizar seus espectadores. Felizmente, de quando em vez aparece um filme ou outro que consegue quebrar com essa lógica e é exatamente o caso aqui com O Amor Não Tira Férias.

A premissa é boba: no Natal (inclusive indicamos esse filme na nossa lista Os 12 Melhores Filmes de Natal (ou não)), duas mulheres acabaram de passar por términos traumáticos e, desesperadas, veem a solução em um site que tenta imitar a trama daqueles filmes em que o povo troca de corpo. No caso aqui, contudo, a coisa é mais calcada na realidade e isso quer dizer só que uma vai passar uns dias na casa da outra e vice-versa, o que leva Cameron Diaz de Los Angeles a uma bucólica cidade do interior da Inglaterra e Kate Winslet da Inglaterra para Los Angeles. Obviamente, as coisas vão acontecer como a gente já espera, uma vai conhecer o Jude Law e a outra o Jack Black, mas, principalmente, elas vão conhecer a si mesmas. Filme perfeito pra ver com a cremosa.


Operação Overlord (Overlord), de 2018, dirigido por Julius Avery

Após realizar o excelente filme australiano “Sangue Jovem” (que indicamos no Garimpo Em Nome dos Pais), Julius Avery foi contratado pela produtora de JJ Abrams para dirigir Operação Overlord, um filme que traz a Segunda Guerra Mundial por uma visão que surpreendentemente foi bem pouco usada ao longo da história do Cinema: o horror.

Aqui soldados americanos encontram experimentos nazistas em algum lugar recôndito e sagrado na França. Experimentos estes que servem para fazer realidade a pertinente afirmação do oficial nazista vivido por Pilou Asbaek: “Um Reich de mil anos precisa de soldados de mil anos”. Valendo-se, portanto, da ideia comum de que o Nazismo foi a personificação maior do Mal na face da Terra, o roteiro nos leva pela desumanização nazista e pelos horrores da guerra em uma produção divertidíssima.
– O Contador (The Accountant), de 2016, dirigido por Gavin O’Connor

Em O Contador, Ben Affleck vive Christian Wolff, um autista com a síndrome de Savant que se aproveita de sua relação extremamente íntima com números no seu trabalho como contador. Sendo um monstro da contabilidade, Wolff vive na corda bamba, sendo usado como contador dos grandes cartéis mexicanos e trabalhando como um contador legítimo de fachada. Mas Wolff é muito mais do que só um contador, o que vai ficando cada vez mais claro nas duas horas de exibição.

Com cenas de ação excelentes e atuações convincentes de um elenco estrelado (além de Affleck temos Anna Kendrick, J. K. Simmons e Jon Bernthal), O Contador é um belo filme de ação que passou sem ser notado aqui em meio a outros grandes lançamentos da época, mas com certeza vale o seu tempo.

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